O governo da Coreia do Sul anunciou um investimento de 109,5 bilhões de wons (aproximadamente R$ 448 milhões) até 2025, destinado ao fechamento de quase 6.000 estabelecimentos envolvidos na criação e comercialização de cães para consumo humano. O plano foi apresentado pelo Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais e visa garantir a transição dessas empresas para outros setores, em conformidade com a proibição do comércio de carne de cachorro até 2027, estabelecida por uma lei aprovada em janeiro.
O investimento será dividido igualmente entre autoridades locais e o governo central e destinará cerca de 56,2 bilhões de wons (R$ 229 milhões) a fundos de auxílio. Além disso, 30,5 bilhões de wons (R$ 125 milhões) serão usados para amortizar o valor residual das instalações de criação. Os proprietários de fazendas receberão entre 225.000 wons (R$ 920) e 600.000 wons (R$ 2.450) por cão no fechamento dos estabelecimentos.
O plano também inclui medidas de apoio à adoção de cães que possam ser abandonados devido ao fechamento das empresas, conforme a Lei de Proteção Animal vigente. O Ministério estima que as mais de 1.100 fazendas registradas na Coreia do Sul abrigam cerca de 466.000 cães e que serviços de consultoria serão oferecidos para ajudar na transição de atividades.
O consumo de carne de cachorro tem diminuído significativamente nas últimas décadas, impulsionado pelo aumento do número de famílias com animais de estimação. Pesquisas recentes indicam que a maioria dos sul-coreanos nunca experimentou carne de cachorro e não tem intenção de fazê-lo. Além disso, muitos dos principais mercados dessa carne já fecharam, e o governo tem trabalhado para encerrar várias fazendas e abatedouros nos últimos anos.
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