Brasil

BRICS incluem Cuba e Bolívia no seu plano de expansão

O bloco tem foco em fortalecer sua presença global

Escrito por Meon

17 JAN 2025 - 23H00

Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira, 17 de janeiro, o BRICS, sob a presidência do Brasil, anunciou a ampliação de seu grupo com a inclusão de oito novos países como parceiros: Cuba, Bolívia, Belarus, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Esses países terão um status inferior ao dos membros permanentes, mas terão a oportunidade de participar de cúpulas e reuniões especializadas dentro do bloco.

A decisão marca um avanço importante no processo de expansão do BRICS, iniciado com a inclusão da África do Sul em 2010, e continuado com discussões sobre novas adesões, como a que aconteceu na cúpula de 2023, realizada na África do Sul. A entrada desses países reflete a busca do bloco por ampliar sua influência política e econômica no cenário global, especialmente nas relações com economias emergentes e no fortalecimento de laços com a Rússia e a China.

Originalmente composto por Brasil, Rússia, Índia e China, o BRICS começou a se expandir em 2010 com a adesão da África do Sul, transformando-se na sigla atual. Desde 2023, o grupo tem promovido negociações para a ampliação de seus membros, com destaque para a entrada de nações como Egito, Etiópia e Irã, embora a Argentina tenha desistido após a posse do presidente Javier Milei.

Especialistas em relações internacionais e economia apontam que, ao incluir esses novos parceiros, o BRICS busca fortalecer sua presença geopolítica, ampliando a área de influência da Rússia e da China em um momento de crescente polarização mundial. Para eles, essa ampliação tem mais um impacto político do que econômico, além de proporcionar um espaço de cooperação para os países emergentes.

A presidência brasileira do BRICS, iniciada em 1º de janeiro e com duração até o final de 2025, tem como principais metas: facilitar o comércio e investimentos entre os membros, promover a governança responsável da Inteligência Artificial, enfrentar desafios climáticos, apoiar a cooperação em saúde no Sul Global e fortalecer as bases institucionais do bloco. O governo brasileiro concentrará as ações do BRICS no primeiro semestre, dado que no segundo semestre o país sediará a COP30, em Belém (PA).

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