A Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos no inquérito das joias.
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Além do ex-presidente, outros 11 aliados também foram indiciados.
Joias sauditas
Quando era presidente, Bolsonaro recebeu três pacotes de joias do governo saudita, avaliados em R$ 16,5 milhões. Segundo a PF, ele e sua equipe tentaram trazer as joias ao Brasil de forma ilegal e se apropriaram dos itens.
Entre os indiciados estão:
Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior: Ex-ministro de Minas e Energia, indiciado por peculato e associação criminosa.
José Roberto Bueno Junior: Ex-chefe de gabinete de Bento Costa, indiciado por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Julio Cesar Vieira Gomes: Ex-chefe da Receita Federal, indiciado por peculato, lavagem de dinheiro e crime funcional de advocacia administrativa.
Marcelo da Silva Vieira: Capitão de corveta da reserva, ex-chefe do setor de documentação histórica da presidência Rio, indiciado por peculato e associação criminosa.
Mauro Cesar Cid: Ex-ajudante de ordens da Presidência e delator, indiciado por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Frederick Wassef: Advogado, indiciado por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Fabio Wajngarten: Advogado da família Bolsonaro, indiciado por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Marcos André dos Santos Soeiro: Ex-assessor do ex-ministro Bento Albuquerque, indiciado por peculato e associação criminosa.
Osmar Crivelatti: Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, indiciado por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Mauro César Lourena Cid: General e pai de Mauro Cid, indiciado por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Marcelo Costa Câmara: Coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, indiciado por lavagem de dinheiro.
Defesa de Wajngarten
Fabio Wajngarten, advogado e assessor de Bolsonaro, se defendeu nas redes sociais, afirmando que não participou de nenhuma negociação das joias e que só soube do caso pela imprensa. Ele disse que recomendou que os presentes fossem devolvidos ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Wajngarten criticou a Polícia Federal, afirmando que recorrerá a todas as instâncias da Justiça e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para garantir seu direito de trabalhar sem intimidações.
Próximos passos
O relatório final do caso foi enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele encaminhará o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se há evidências suficientes para denunciar Bolsonaro ou se são necessárias novas diligências. A PGR também pode modificar a lista de crimes atribuídos aos indiciados.
Se a PGR fizer a denúncia, o STF decidirá se os acusados se tornarão réus, se o caso será enviado à primeira instância ou arquivado.
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