Brasil

Anvisa muda normas de pesquisa clínica para acelerar desenvolvimento de medicamentos

Regras atualizadas visam facilitar estudos no Brasil

Escrito por Meon

29 NOV 2024 - 20H55 (Atualizada em 29 NOV 2024 - 22H31)

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma série de mudanças nas normas que regulamentam a pesquisa clínica no Brasil, com o intuito de tornar o país mais competitivo e dinâmico no desenvolvimento de novos medicamentos. A resolução foi aprovada pela diretoria colegiada da Anvisa na última quarta-feira (27).

A pesquisa clínica, que envolve ensaios com seres humanos, é crucial para comprovar a eficácia e a segurança de novos medicamentos. A atualização das regras vem com o objetivo de reduzir barreiras burocráticas, permitindo um processo mais ágil e eficiente.

Uma das principais mudanças é a autorização para antecipar a importação de medicamentos em investigação enquanto o dossiê de registro ainda está sendo analisado. Essa medida visa acelerar o início dos estudos clínicos e reduzir o tempo de espera entre a autorização da pesquisa e a aplicação efetiva dos testes.

Outra inovação importante é a regulamentação do processo de submissão contínua, que foi usada durante a pandemia de Covid-19 para acelerar a análise de medicamentos e vacinas. Agora, pesquisadores poderão enviar dados parciais ao longo do estudo, permitindo que a Anvisa inicie a avaliação das informações antes da conclusão final do processo.

As novas normas também exigem maior clareza sobre as categorias de risco, as fases dos estudos e os requisitos técnicos dos ensaios clínicos. Isso visa garantir uma melhor definição e compreensão sobre a complexidade dos estudos e os riscos dos medicamentos em avaliação.

Além disso, a Anvisa busca alinhar as práticas brasileiras com os padrões internacionais estabelecidos pelo Conselho Internacional para Harmonização de Requisitos Técnicos para Medicamentos de Uso Humano, garantindo mais transparência e eficiência no processo de regulação.

Meiruze Freitas, diretora da Anvisa e responsável pela resolução, afirmou que o objetivo é modernizar as práticas regulatórias, facilitando o desenvolvimento de medicamentos no Brasil, sem comprometer as exigências de segurança e eficácia necessárias para a proteção da saúde pública.

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