Nesta quarta-feira (2), é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, data que marca o início do abril azul, mês dedicado à conscientização e ao incentivo à inclusão de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) na sociedade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que existam aproximadamente 70 milhões de pessoas com TEA em todo o mundo, sendo 2 milhões no Brasil. Esses números, embora expressivos, ainda podem ser subestimados, considerando as dificuldades de diagnóstico e a falta de dados precisos.
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Entre os desafios enfrentados, a inserção no mercado de trabalho ainda é uma barreira significativa. Dados do IBGE apontam que 85% dos adultos autistas estão desempregados no Brasil. Além disso, uma pesquisa da National Autistic Society indica que apenas 16% dos autistas adultos possuem emprego formal e remunerado.
A falta de informação sobre o TEA nas empresas e ambientes corporativos muitas vezes resulta em preconceito, ausência de suporte adequado e dificuldades de adaptação. De acordo com a Dra. Elisabeth Crepaldi de Almeida, fonoaudióloga e doutora em educação a inclusão de pessoas autistas no trabalho exige mudanças estruturais e maior conscientização. "Muitos autistas enfrentam desafios na comunicação e na interação social, além de sensibilidade sensorial a ambientes barulhentos e mudanças de rotina. A falta de compreensão sobre essas questões por parte dos trabalhadores pode dificultar ainda mais a adaptação", explica a especialista.
A Dra. Elisabeth Crepaldi de Almeida destaca que apesar dessas dificuldades, as pessoas com TEA possuem habilidades que podem ser grandes diferenciais no ambiente profissional. “A alta capacidade de foco e atenção aos detalhes, memória privilegiada, ética e sinceridade, além de talentos específicos em áreas como tecnologia, matemática, ciência e artes. Com o suporte certo, um autista pode desempenhar funções com extrema precisão e excelência. O segredo para um ambiente de trabalho inclusivo está na adaptação das empresas e na valorização das habilidades individuais".
Para garantir uma melhor adaptação ao ambiente corporativo, o tratamento especializado no atendimento a pessoas com TEA, atua no desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e profissionais. “O acompanhamento psicológico auxilia na gestão emocional, no aprendizado de regras sociais e na adaptação aos desafios do trabalho. Além disso, o suporte à empresa e à equipe é essencial para que a inclusão seja eficaz e respeitosa”, ressalta a especialista.
A conscientização sobre o autismo não se limita à sensibilização social, mas exige também uma atuação jurídica firme. Profissionais do direito desempenham um papel de extrema importância na defesa dos direitos das pessoas com TEA, assegurando que políticas públicas sejam eficazes, que as escolas promovam inclusão e que as empresas cumpram normas de acessibilidade, ajudando assim a promover a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Emissão de CipTEA
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