Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre ele, então aqui começaremos do zero. Tyler Gregory Okonma, mais conhecido como Tyler, the Creator, é um rapper e produtor musical americano que começou oficialmente sua carreira artística em dezembro de 2009. Ele comenta em suas músicas sobre diversas pautas importantes como racismo, homofobia, relacionamentos tóxicos, estupro, relacionamentos familiares e dependência emocional.
Bastard – 2009
Tyler cita esta mixtape como seu álbum debut (que o lançou no mercado), os sons foram escritos e gravados entre 2007 e 2009, e todos os beats foram produzidos pelo próprio artista utilizando o FL Studio. Na letra da faixa que traz o nome da mixtape, ele cria um psicólogo para si, chamado Dr. TC, após ser julgado pelo seu mal comportamento na escola, e é castigado a ter três sessões com este. Se abrindo ao “doutor”, ele conta um pouco de sua trajetória, a morte de seu pai e sua depressão, e questiona a religião cristã.
Goblin – 2011
Embora tenha sido o primeiro álbum (oficial) do Creator, o cantor atingiu grandes expectativas, trazendo um audiovisual surpreendente. Seus clipes carregam histórias, envolvendo seu psicólogo imaginário que nasceu em Bastard, aborda questões pessoais relacionadas a sua personalidade e como ela atrai outras pessoas. Com letras agressivas, ele se explica como um paradoxo ambulante, o que de fato ele é, e volta a citar Jesus, dessa vez o trazendo como um hater que julga tudo que Tyler faz.
Wolf – 2013
Contando com 18 faixas, desta vez, Gregory trouxe Wolf, um menino novo no camping Flog Gnaw, e Sam, a versão cheia de ira do Dr. TC. Com o som “Cowboy”, ele tenta demonstrar que agora dirige sua vida, e está no local que deseja, graças a sua decisão de trabalhar ao invés de se jogar no mundo das drogas.
Cherry Bomb – 2015
Logo na faixa de abertura, Tyler diz “I don’t like to follow the rules and that’s just who I am/ I hope you understand” (“Eu não gosto de seguir as regras e isso é apenas o que sou/Eu espero que você entenda”), evidenciando suas particularidades. Apesar de não trazer novidade em sua fala, Creator estabilizou esse álbum no Jazz e no Punk Rock, em uma vibe completamente diferente de Wolf. As comparações com seu disco anterior evidenciaram o desleixo do artista neste projeto, visto que não concretizou o envolvimento do ouvinte em sua obra, mas a tentativa conquistou muitos fãs.
Flower Boy – 2017
Mudando seu foco, desta vez Tyler mostrou si mesmo, desconsiderando seus personagens malucos e com isso também tranquilizou suas letras e instrumentais. Apesar dos personagens homofóbicos em Goblin, dessa vez ele abre o coração para falar de sua sexualidade, amor e solidão. Gregory cita que criou a personalidade extrovertida e impulsiva para suprir seu eu solitário e quieto, e que sempre se relacionou com mulheres para manter as boas aparências, não por atração.
IGOR – 2019
Com a ideia de que talvez você não seja o público alvo, o artista mudou novamente. Trazendo um conflito dentro de um triângulo amoroso, Tyler briga por outro homem e na faixa “New Magic Wand” ele deixa claro que a mulher está estragando a situação deles, e só amadurece quando aceita a realidade, ao final do álbum. Trazendo de volta os alter-egos presentes em Wolf, Creator funde eles, criando Frankenstein, personagem que representa seu pai. Igor é aquele que traz à tona as ações destrutivas de Tyler, que liberta seu monstro para se vingar da ex de seu parceiro. A obra levou o prêmio “Melhor Álbum de Rap” em 2020, no Grammy.
CALL ME IF YOU GET LOST – 2022
O mais novo álbum do gênio está focado em sua aventura relacionada à dor e à glória, contando essa narrativa com 16 faixas. Novamente o protagonista é seu coração machucado, ao lado de seu sucesso e seu amor a miséria. A fortuna do eu-lírico sempre o deixa na berlinda, lhe coloca em relacionamentos falhos, e impõe uma odisseia. Quando se escutado com atenção, é possível perceber referência a seus antigos projetos, permitindo uma viagem pelas loucuras de Tyler.
Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem.
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