Em meio às intermináveis estantes,
Às longas mesas de madeira,
Aos pequenos tufos de poeira escondidos,
O mundo se reconstruía.
Cada livro,
Cada página,
Cada palavra,
Permitia uma nova perspectiva.
Novos mundos,
Novas histórias,
Novas aventuras,
Novos amigos,
E novos romances.
Como pode uma vela
Se acender com uma chama
Que nem sequer existe?
Tentava mantê-la acesa.
Mas de nada adiantou.
Ao fechar o livro, como uma vela no vento,
A chama do amor se apagou.
Os dias se passavam assim:
Um amor que tinha fim.
O virar de uma página,
Ou o fechar de um livro
Encerrava um ciclo.
Que se repetia,
Repetia,
Repetia…
As mãos percorriam livremente as estantes.
Procuravam uma nova história,
Uma nova vida,
Um novo amor.
Até esbarrar com ele.
Teria saído de um livro?
Aparentava ser o ser humano mais perfeito.
Primeiro vieram as desculpas.
Mas logo vieram longas conversas,
Leituras coletivas
E a possível criação de uma faísca.
Seria ele o Ron de sua Hermione?
O Percy de sua Annabeth?
O Peeta de sua Katniss?
O Howl de sua Sophie?
Seria esse o romance literário que a cada dia buscava?
O tempo foi passando,
E a chama aumentando.
Sim,
Em meio a tantos livros, conseguiu seu amor de biblioteca
E viveram felizes para sempre.
Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem.
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