No ano de 2001, foi adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, a qual afirma que respeitar a diversidade cultural é garantir dignidade humana, e que a estabelece como patrimônio da humanidade. Todavia, será mesmo que existe esse respeito em todos os cantos do mundo? Acredita-se que não, infelizmente muitas pessoas e nações se tornaram etnocêntricas, com um ego inflado e um patriotismo exagerado. Como exemplo, têm-se a mitologia hindu, provavelmente uma das mais antigas mitologias do mundo. Seus primeiros mitos nasceram numa região conhecida como Vale do Indo. O panteão hindu constitui uma tentativa formidável de criar máscaras pelas quais o ser humano tenta falar dos seus sonhos e medos. E mesmo com todas essas características, continua sendo esquecida e desrespeitada.
Primeiramente, de acordo com dados da organização da sociedade civil “Rede Nossa São Paulo”, no ano de 2019, cerca de 73% dos negros e pardos apontaram que o preconceito contra a população negra se manteve ou aumentou em SP. Consequentemente, junto a este fato, observa-se o preconceito que grupos sociais apresentam em relação as religiões de matrizes culturais africanas. Posto isto, vê-se que o pensamento de séculos atrás não evoluiu, e que a sociedade, muitas vezes, continua criando estereótipos, e com isso a discriminação e preconceito só aumentam. Além disso, muitos educadores acreditam que a melhor forma desse cenário se transformar, seria através da extinção de práticas como o etnocentrismo e de leis que colaborem para a disseminação de diversas culturas de diferentes continentes nas escolas; como a lei brasileira 10.639, que foi outorgada em 2003 para fins de incluir a história africana como matéria obrigatória nas aulas de história no Brasil. Se essas leis fossem propagadas pelo mundo, as culturas seriam respeitadas pelos cidadãos desde pequenos, e consequentemente preservadas.
Em segundo lugar, citando um artigo da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), a cultura europeia se enraizou tanto nos países que foram colônia, que acabaram proporcionando a cultura local um título “subcultura”. Isto mostra como o eurocentrismo se faz presente nessa desvalorização cultural. Um exemplo, seria o folclore brasileiro, que não é muito conhecido pela nação verde-amarela, e que muitas vezes é mostrado como infantilizado e sem valor. Este pensamento deve mudar, a sociedade precisa começar a exercer o respeito e o interesse sobre diversas culturas, para assim compreender como o mundo contemporâneo foi forjado.
Em síntese, a sociedade precisa evoluir para poder respeitar e preservar a diversidade cultural existente no globo terrestre. Como uma ação para tal “reforma”, seria a construção de museus e espaços que mostre essa diversidade. Assim, desde criança, as pessoas conheceriam as culturas e as respeitariam quando adultos. Um exemplo, seria a projeção de um parque temático, as margens do rio Ganges (na Índia), por um grupo de empresários, que abordará as crenças do hindu de uma maneira criativa, para que o mundo observe essa cultura tão rica. Sendo assim, se quisermos uma sociedade que progrida e que respeite, se faz necessário a reflexão sobre tal tema. “A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades”, Paulo Freire.
Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem.
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