Editorial: Movimento eleitoral
Faltando quase um ano para as eleições o país já virou novamente um grande palanque eleitoral, onde independente da vontade popular seus representantes já afiam suas facas para cortar mais um pedaço do queijo. Em câmaras municipais, assembleias estaduais e nos corredores do Congresso, só um assunto: alianças para a eleição de 2022.
Independente de Lula ou Bolsonaro, os legisladores estão mais preocupados em carimbarem seus passaportes para qual quer que seja o destino apontado pelas urnas à nação. Para isso, soltam deliberadamente emendas parlamentares, trazem para o abraço amigo “aquele vereador distante” e de olho no fundo eleitoral e listas partidárias avizinham novos partidos.
Na RMVale, um exército de mais de 150 candidatos é esperado para as disputas eleitorais. Precisamos lembrar que o excesso de candidaturas no processo eleitoral passado quase dizimou a representação regional nas casas legislativas, e os salvos, foram na linha de corte, por pouco não ficaram de fora, caso do ex-prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury, que perdeu quase 100 mil votos entre uma eleição e outra.
A representação regional nas casas legislativas que debatem o estado e o país é fundamental para que a região se faça ouvida, mesmo sendo um dos principais PIBs do país. A análise política do momento é que o furacão ‘rede social’ já não apita mais no próximo pleito e que a população está disposta a repatriar políticos combativos eliminados pela esperança no “novo”.
Por aqui, espaço aberto para o pensamento plural que por meio de mandatos conferidos pelo povo se disponham a convergir em prol do interesse coletivo. E segue o processo.
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