Editorial: Retomada Segura
Milhões de brasileiros saíram às ruas, apesar da pandemia, para demonstrar, acima de tudo, o descontentamento com a mais Alta Corte de Justiça do país. Não se trata de “apoio” ao Presidente. A grande preocupação com esta queda de braço entre os poderes é perceber a interferência de um sobre o outro, quebrando a harmonia. Vimos diversas intervenções do Judiciário em atos inerentes ao Executivo, através de decisões monocráticas.
Depois de feito, a Corte se sente no dever de defender seus pares e, Ministros que antes atacaram determinados atos considerando-os até aberrações jurídicas, sentem-se compelidos a julgar em apoio ao relator, veementemente criticado pelo Executivo. A conclusão é clara, o STF decide de forma equivocada, o Presidente ataca de forma equivocada e o resultado é a manutenção da decisão equivocada, confrontando os Poderes da República. Ego, poder, autoritarismo e quem perde somos nós, empresários, cidadãos, que não suportamos mais viver num país onde não estabilidade.
Precisamos de paz e jardim, como diria nosso editor se estivesse escrevendo uma poesia. Paz para que cada um dos agentes possa, em harmonia com os demais Poderes, estabelecer o diálogo. E jardim, para que todos cultivem seus ideais para a coletividade e os que germinarem e florescerem, apoiados pela maioria, possam frutificar.
O diálogo é sempre o melhor caminho e a fogueira de vaidades instituída só faz bem ao atraso. Que a consciência, aquela que só aceita a verdade, possa visitar os Chefes dos Poderes e seus integrantes de forma a celebrar não só a independência do Brasil, mas a Democracia, que por mais tortuosa que seja é o único caminho
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