Editorial: Xadrez político
Há menos de um ano do prazo final para filiação partidária aos que pretendem disputar as eleições de 2022, uma verdadeira procissão de lideranças políticas regionais tenta cooptar o quase “ex-tucano” Geraldo Alckmin para uma eventual nova candidatura ao Governo de São Paulo. O atual governador já decidiu sobre quem pretende apoiar pelo PSDB, o vice-governador e secretário de Governo, Rodrigo Garcia, que migrou do DEM para o ninho tucano sob a benção de Bruno Covas, falecido em maio. Na RMVale, um descontentamento enorme com o governo Doria já reverbera em uma real debandada de última hora. Ninguém quer assumir compromisso agora, com receio de eventuais retaliações do governo estadual no que tange à liberação de recursos e programas estaduais para suas cidades, mas uma coisa é certa, assim como a política é incerta, a caravana Alckmin, que foi vereador e prefeito de Pindamonhangaba é uma realidade e terá forte apoio na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Outra confu¬são nesta quinzena é a possível inelegibilidade do ex-prefeito Ortiz Júnior por conta da rejeição de suas contas pela Câmara Municipal de Taubaté. Atual subsecretário de Desenvolvimento Regional é a aposta do governo paulista para a Assembleia Legislativa em dupla com o deputado federal Eduardo Cury, de São José dos Campos. Ortiz já passou por situações parecidas, tendo ganho a reeleição para prefeito em primeiro turno, mesmo após ter sua candidatura e mandato cassados. Vamos aguardar as próximas movimentações, cientes que como já dizia Magalhães Pinto, “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.
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