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Compras internacionais caem em 2024, mas arrecadação com impostos bate recorde

Mesmo com redução de 11% no volume de importações, governo arrecada R$ 2,8 bilhões

Escrito por Meon

29 JAN 2025 - 17H00

Divulgação

A Receita Federal divulgou nesta quarta-feira (29) que o volume de compras internacionais realizadas pelos brasileiros sofreu uma queda de 11% em 2024, na comparação com o ano anterior. No entanto, a arrecadação com impostos sobre importação bateu um recorde histórico, crescendo 40,7% e chegando a R$ 2,8 bilhões.

O aumento na arrecadação ocorre após a criação da alíquota de 20% sobre remessas internacionais de até US$ 50, instituída em agosto de 2024. Além disso, a partir de abril deste ano, a alíquota do ICMS cobrado pelos estados sobre essas compras subirá de 17% para 20%, elevando ainda mais a carga tributária.

A Receita Federal também apontou que, apesar da redução no número de encomendas, o valor total das importações aumentou, impulsionado pela valorização do dólar no último ano. No acumulado de 2024, as compras internacionais movimentaram R$ 16,6 bilhões, contra R$ 6,4 bilhões em 2023.

Impacto da "taxa da blusinha" e reação do varejo

A taxação sobre encomendas internacionais, popularmente conhecida como "taxa da blusinha", tem gerado reações diversas entre consumidores e varejistas. Empresas como Shein e AliExpress demonstraram preocupação com a medida, alegando que o aumento da carga tributária afeta principalmente as classes de menor renda, que dependem dessas compras para acessar produtos a preços mais baixos.

Por outro lado, representantes do varejo nacional, como o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), defendem a tributação como uma forma de equilibrar a concorrência entre produtos nacionais e importados. Segundo o presidente da entidade, Jorge Gonçalves Filho, as mercadorias vendidas no Brasil enfrentam uma carga tributária muito maior, que pode chegar a 90%.

Com a nova taxação, os consumidores precisarão reavaliar seus hábitos de compra em plataformas internacionais, enquanto o governo continua reforçando a arrecadação por meio das importações.

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