Várias pesquisas ao longo dos anos buscam entender o tempo gasto cuidando do corpo e da beleza de cada população do planeta. Todas elas percebem que o povo brasileiro está sempre entre os mais vaidosos do mundo. Isso traz reflexos no consumo de produtos e também aquece o mercado da beleza no país.
Um destes estudos, realizado pelo instituto GfK, da Alemanha, entrevistou participantes em 22 países, com perguntas que mediam quanto tempo cada um gastava com a vaidade. O resultado foi que os brasileiros despendem, em média, 4,4 horas por semana com os cuidados com o corpo. As mulheres passam 5,3 horas semanais se cuidando, enquanto para os homens o tempo é de 3,5 horas.
No geral, o Brasil fica em segundo lugar neste ranking, perdendo apenas para a Itália, onde as mulheres passam 6,2 horas por semana se arrumando, o que eleva a média do país. Mas, em geral, os números brasileiros ainda superam a média dos outros 21 países analisados, que é de 4 horas por semana. A menor taxa foi registrada na China. Por lá, a população gasta apenas 2,9 horas semanais com a vaidade.
A pesquisa levou em consideração as seguintes atividades: escolha da roupa, banho, depilação, barbeamento, preparo do cabelo e maquiagem.
Outra pesquisa, realizada pela revista The Economist, indagou qual porcentagem da população passa o tempo todo pensando na própria aparência. As entrevistas realizadas em 30 países colocaram o Brasil no sétimo lugar do ranking, novamente bem acima da média mundial. Nós ficamos atrás dos venezuelanos, mexicanos, russos, turcos, sul-africanos e filipinos, respectivamente.
Entre os países que mais consomem produtos relacionados à beleza, o Brasil também se destaca e ocupa o quarto lugar no ranking mundial, atrás dos Estados Unidos, da China e do Japão. Até há pouco tempo, ficávamos em terceiro lugar, mas em 2018, com a crise econômica, perdemos uma posição e fomos ultrapassados pelos japoneses.
Graças à vaidade da população, o setor da beleza consegue se manter firme no Brasil mesmo com a grande crise econômica e sanitária atual. Mas, alguns hábitos mudaram um pouco. As idas aos salões deram lugar às compras online de produtos que permitem o cuidado em casa. Um bom exemplo disso é a escova progressiva, tratamento capilar que combate os efeitos do frizz. As buscas virtuais pelos produtos para a realização do procedimento cresceram 135,2% entre março e julho do ano passado.
O faturamento do mercado de beleza e cosméticos superou os R$29 bilhões em 2019. No último ano, ainda não há números exatos, mas em plena pandemia a expectativa dos especialistas era que o segmento crescesse mais de 1%. Além disso, é bem provável que o maior tempo gasto em casa tenha aumentado também a quantidade de horas despendidas com os cuidados com o corpo, mesmo que a pressão estética tenha diminuído.
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