Dezenove dos 20 clubes da Série A têm parcerias com casas de apostas

Os patrocínios de casas de apostas tomaram conta dos uniformes da maioria absoluta dos clubes da principais Séries do Campeonato Brasileiro. As logomarcas destas empresas – nacionais e estrangeiras – estampam camisas, shorts e outros materiais das agremiações demonstrando que tais parcerias vieram para ficar e têm sido muito importantes para que as agremiações encontrem formas alternativas de financiamento.

Dos 20 clubes da chamada primeira divisão, 19 têm acordos com casas do segmento. O único de fora desta conta é o Cuiabá, que já teve uma parceria por um período, mas agora não tem patrocínio firmado. O Palmeiras, atual campeão brasileiro, não tem logo em seu uniforme, mas tem uma parceria em ativações digitais com um bookmaker internacional.

Gigantes do segmento como a própria líder mundial, a britânica bet365, e a 22bet, por exemplo, estão investindo pesado no florescente mercado brasileiro. Chega a impressionar a evolução das apostas esportivas em nosso País. Afinal, a atividade de lances pela internet teve a legalização aprovada pelo Congresso Nacional somente em dezembro de 2018 e o montante apostado já supera a R$ 10 bilhões anuais.

O atual Governo já editou uma Medida Provisória que permitirá a regulamentação do setor, algo há muito esperado e mesmo desejado pelos próprios empresários do ramo. Afinal, a transparência e a segurança jurídica darão ainda mais credibilidade aos bookmakers.

Em todo o mundo os grandes do setor têm certificados de licenciamento e qualidade em locais como Reino Unido, Malta, Chipre e Gibraltar, praças muito exigentes com o chamado gamble (jogos de azar). Isto lhes confere um status superior em termos de competividade e aprovação por parte dos clientes.

Algumas destas empresas chegam a ter 20 milhões de usuários em todo o planeta, fanáticos por apostas em várias modalidades esportivas e em jogos de cassino como pôquer, roleta ou máquinas caça-níqueis. As parcerias com clubs de futebol e atletas, obviamente, não são exclusividade do Brasil. Na Inglaterra, por exemplo, o Stoke City é de propriedade de uma empresa do segmento, a poderosa bet365. Outras agremiações têm acordos do tipo master ou apenas para colocação de publicidade em partes das camisas usadas nos jogos.

Com a regulamentação espera-se que o volume de negócios por meio dos bookmakers virtuais dobre a curto ou médio prazo. As regras de segurança impedirão que jogadores e dirigentes esportivos possam apostar, para evitar a manipulação de resultados nos campos. Em relação às próprias “bets”, as próprias casas de apostas têm investido muito em tecnologia e cada vez mais têm sistemas de criptografia de última geração para impedir fraudes e problemas que possam ser causados por hackers.

Outro ponto que tem colaborado decisivamente para a expansão das casas de apostas é a evolução na tecnologia de celulares. Se antes os lances eram feitos principalmente por meio de PCs e notebooks, por exemplo, atualmente os jogadores apostam por meio de smartphones onde e quando desejarem, mesmo em um transporte público ou em áreas de lazer. Para jogar por um celular o interessado deve baixar gratuitamente o aplicativo da casa de aposta de sua preferência e fazer o cadastro no bookmaker.

Para reduzir o risco de seus usuários se viciarem as principais casas de apostas do planeta trabalham com o conceito de “Jogo Responsável”, no qual o cliente é alertado sobre suas operações e sempre é recomendado que pelo menos uma pessoa de seu grupo familiar esteja a par de seus lances na internet. Quem tiver menos de 18 anos de idade não pode jogar, o que é outra medida protetiva, pois há de se ter responsabilidade para que se possa investir no segmento.

Se os clubes têm arrecadado cada vez mais com as parcerias com casas de apostas, os jogadores brasileiros estão evoluindo em seus ganhos em nosso País. No Brasil já há quem ganhe mais de R$ 10 mil mensais com apostas pela rede. Conhecer o esporte no qual se pretende apostar, uma boa estratégia de banca – jogando pouco em mais de um evento e não muito em apenas um – e perseverança estão entre os itens que os veteranos recomendam aos iniciantes que querem ter sucesso em seus lances pela rede.

 De uma maneira ou de outra as casas vieram para ficar e os milhões que trazem são muito bem-vindos pelos dirigentes dos principais clubes brasileiros. Estão legalizadas, cada vez mais seguras, oferecem bastante entretenimento e, quem sabe, permitem muitos ganhos adicionais para o orçamento doméstico.