Por Renan Simão Em Cultura

Monteiro Lobato traz as danças catira e moçambique ao Revelando São Paulo

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Dança do moçambique no Revelando São Paulo na edição de 2013

Flávio Pereira/Meon

O 13º Revelando São Paulo, além de encontro de manifestações culturais e gastronômicas populares se mostra como um espaço rico para a dança. A festa acontece acontece entre os dias 9 e 13 de julho, no Parque da Cidade, em São José dos Campos,

Nos cinco dias de encontro de mais de 113 grupos, a lista de tipos de dança é extensa. Congada, dança cigana, moçambique, catira, baque, dança circular, dança folclórica da Rússia e samba regional são alguns do exemplos de manifestações que unem corpo, ritmo e tradição.

Mestre Manoel, 62 anos, lidera as toadas da catira e do moçambique de Monteiro Lobato. O grupo União Lobatense mostra sua catira na quinta-feira (10), às 19h, e o Moçambique Esperança faz suas evoluções no domingo (13), às 16h.

“A catira é mais recente, começou há uns seis anos aqui em Monteiro, mas o moçambique a gente faz desde criança, acho que eu tinha seis anos quando aprendi a dança com o meu pai no quintal de casa”, diz Manoel, que mora bairro Buquira.

O moçambique é uma dança mais percussiva, ao som de tambores, caixas e bastões de madeira. Os participantes formam duas fileiras frente a frente, se cruzam e batem os bastões, além de fazer soar os guizos presos em seus pés para marcar o ritmo.

O figurino leva as cores azul e vermelho, com faixas cruzadas sobre uma veste branca. A dança tem origem africana e, em Monteiro Lobato, é feita para homenagear São Benedito e Nossa Senhora do Rosário.

"É uma cantoria de louvor diferente do que a gente vê na igreja, tem uma toada própria e tem que ficar atento à batida dos pés com os guizos", diz o mestre moçambiqueiro.

A catira tem origem na cultura tropeira. É tocada por dois violeiros no estilo do rasqueado (acordes bem percussivos) e, com palmas, vozes e sapateado, os integrantes do grupo fazem as danças características, sempre em pares.

O figurino é composto por camisa xadrez, botas e chapéu. "A gente vai para o Revelando desde 2003, só tem conhecido velho", conta Manoel. "É muito legal ver que cada dança é de um jeito, a gente não consegue dançar a dos outros e ninguém consegue dança a nossa também".

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