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Agora no portal Meon você pode conferir na íntegra a reportagem especial produzida para a Metrópole Magazine que apresenta a inovação tecnologica no ramo hoteleiro que está conquistando os turistas e auxiliando na procura de acomodações diferentes dos tradicionais hotéis.
"Viajar baseado em uma verdade que as pessoas buscam. O sentimento genuíno de conhecer o outro", relata o empresário de Campos do Jordão Oskar Kedor, que apostou no diferencial saindo do roteiro comum dos hotéis e imergindo na tecnologia do Airbnb.
Os anfitriões e hóspedes não gostam do termo “dispositivo”, pois a nomeação “comunidade” é o que representa os mais de 70 milhões de pessoas que já utilizaram a novidade no ramo do turismo em todo o mundo.
O Airbnb surgiu em 2008, na sala de uma casa de São Francisco, nos Estados Unidos, quando três amigos ofereceram cama e café da manhã para participantes de uma conferência de design que não conseguiram se hospedar nos hotéis lotados. O contato pessoal entre o trio e os visitantes, após oito anos, fez expandir a sala de estar em 2 milhões de acomodações em 190 países.
A experiência como hóspede levou o empresário de Campos do Jordão a investir no diferencial na região. "Comecei a ver que as experiências que tive viajando em diferentes casas por diversos países, nunca seria igual se eu fosse um cliente de hotel. Resolvi arrumar uma casinha, para ficar simples e aconchegante, e ver no que dava", conta.
O investimento do Oskar começou em maio de 2015, com apenas uma casa, e seguiu um rumo certeiro, tanto que no primeiro semestre de 2016 o empresário disponibilizou mais três casas para aluguel. "Tive 36 hóspedes até o momento e nunca tive nenhuma situação de bagunça ou de levarem algo por engano. Passaram por aqui brasileiros, canadenses, suíços e alemães. Quando poderia ter tantas culturas diferentes dentro de casa?", relata.
O Airbnb tenta resgatar a experiência pessoal que os nossos avós tinham quando viajavam. O diretor-geral da empresa no Brasil, Leonardo Tristão, acredita que o brasileiro é um povo hospitaleiro por natureza e muito engajado com a tecnologia, apostando na novidade. A sensação de conhecer as pessoas, e não somente ser servido por profissionais em grandes redes de hotéis, já conquistou os internautas nacionais e nos tornou um dos principais destinos.
O dispositivo divulgou no início do ano os 16 bairros que tiveram aumento de reservas em 2015 e o Brasil ficou como o 9º destino, com a região de Meireles, em Fortaleza. O local fica próximo de uma vila de pescadores, possui uma praia de águas claras, restaurantes e destinos noturnos.
O ranking do Airbnb das vizinhanças com aumento de visitas mostra ótimas opções de destinos diferentes. O primeiro lugar ficou com a região do Castelo de Osaka, no bairro do Chūō-ku, em Osaka, no Japão.
Nas diversas possibilidades de destinos, o dispositivo também disponibiliza diferentes modelos de acomodação. A procura pode ser realizada por uma casa ou um apartamento inteiro, mas também existe a opção do quarto privativo e do quarto compartilhado.
O preço de cada imóvel é de responsabilidade do proprietário, podendo variar entre R$ 40 e mais de R$ 4000. O internauta ainda pode incluir diversos filtros para nivelar de acordo com a necessidade. O hóspede pode buscar por imóveis com internet, piscina, espaço para home office e até um local que o anfitrião fale um idioma desejado.
A estrutura de confiança do Airbnb tem início no atendimento 24 horas para hóspedes e anfitriões. Além disso, os turistas contam com uma ferramenta de classificação dos anfitriões, chamada pela empresa de “Superhost”, traduzida como “Super anfitrião”. "Depois que você passa a ser elogiado pela maioria dos hóspedes e ganhar notas no site, além de ser um proprietário engajado, sobe para o nível dois", explica Oskar Kedor, que se tornou “Superhost” em outubro, após cinco meses de uso.
O anfitrião não ganha nada a mais pelo título. É apenas uma questão de ser reconhecido dentro do Airbnb e ter maior visibilidade e confiabilidade nas buscas. Todos os locadores brasileiros têm uma garantia de US$ 1 milhão para cobrir situações no imóvel com a presença do visitante.
Entre tantas experiências e novos contatos, a empresa não promete um perfeito relacionamento, pois se trata de pessoas abrindo seu espaço particular para desconhecidos. "Ir para um lugar estranho sem conhecer as pessoas locais não é uma viagem que permite promessas. Você tem que se sentir parte daquele lugar, trocando experiências de forma espontânea", completa Kedor.
Eventos
O Brasil, nos últimos anos, está recebendo eventos mundiais, onde pessoas de todos os países buscam acomodações para o período das atrações. O Airbnb, durante a Copa do Mundo de 2014, serviu como ferramenta para 120 mil pessoas de 150 nacionalidades, que se hospedaram em todas as regiões do Brasil. Somente no Rio de Janeiro foram 80 mil leitos por noite.
Para as olimpíadas deste ano, a empresa fechou uma parceria com o Comitê Rio 2016 como sendo a única opção de hospedagem alternativa oficial do evento. O Airbnb espera receber 80 mil hóspedes por noite. Os números divulgados em janeiro apresentaram a confirmação de 7.5 mil reservas já realizadas para o período dos jogos.
Hotelaria
A novidade tecnológica de hospedagem e alugueis surge no memso momento que outros mercados recebem dispositivos e aplicativos que facilitam o contato e acesso dos clientes. As comparações são inevitáveis, a mais comum é em relação ao Über e o Táxi, qual respectivamente seriam o Airbnb e os Hotéis.
Entretanto, a FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação) afirma que a entrada do Airbnb no Brasil não alterou a dinâmica do mercado hoteleiro. “A locação de imóveis para estadias curtas, sempre existiu, por meio da operação direta de proprietários ou das imobiliárias e administradores de imóveis. O Airbnb veio como uma plataforma para reunir em um só local, com uma amplitude internacional”, explica Luciana Rivoli, diretora de negócios e planejamento da FBHA.
A diretora da federação ainda desmistifica o comparativo que o Airbnb seria para os hotéis, o que o Über é para os taxistas. “A única semelhança entre essas duas duplas é a confusão que criam em relação ao tipo der serviço prestado, fomentando uma disputa que não existe. Tanto o Airbnb quanto o Über atendem públicos diferentes daqueles atendidos pelos hotéis e pelos táxis”.
Segundo a FBHA, a grande alteração do mercado gerado pelo crescimento do Airbnb foi a ampla visibilidade das pessoas físicas que já locava seus imóveis. “Antes restrita ao boca-a-boca dos amigos ou aos cadernos de classificados dos jornais, que inovaram ao transferir para os celulares e computadores a oferta de serviços”, finaliza Luciana.
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