Educação Internacional

Entusiasmo Intelectual: A chave para o Brasil superar seus desafios

Leia a coluna de Nicolas Van Veen

Nicolas Van Veen Colunista (Arquivo Pessoal)

Escrito por Nicolas Van Veen

28 JUN 2024 - 14H47 (Atualizada em 28 JUN 2024 - 18H18)

Reprodução

Eu poderia citar os dados e números, para efeito de comparação, da educação nacional e de países que enfrentaram o que o Brasil enfrenta. E superaram. Como a Coreia e a Finlândia. Mas o Brasil perde suas chances na política e na economia. Fica reservado às exceções, algumas cidades e locais onde os índices são outros. Mas ainda assim, é Brasil. E uma hora, os bárbaros chegam aos limites do império.

No editorial desta semana em sua publicação no dia 20 de junho, o Estadão afirma categoricamente acerca do lançamento do “Atlas da Violência” que “Pouca gente há de questionar a premissa de que o Brasil vem falhando na proteção de crianças e adolescentes, não só nos efeitos da violência, mas também no cuidado da educação básica, sem o que é impossível imaginar um futuro minimamente digno para eles”. O mesmo Estadão trouxe oportunamente dados que confirmam que quase 68% dos jovens entre 16 e 35 anos, querem deixar o Brasil.

Esses dois elementos sociais, a educação falha e o alto índice de violência, somados à falta de perspectiva no mercado de trabalho já saturado de diplomas e promessas, trazem o impulso que muitos de nós, sentem em deixar o Brasil definitivamente.

Não se trata de sonhar apenas o sonho internacional, da experiência internacional. Trata se, muitas vezes, da fuga desse cenário acima descrito. Da vontade de sair e abandonar porque não somos capazes e nem queremos mudar nosso país para que os filhos de nossos filhos possam viver melhor. Nós reclamamos. E agradecemos. E oramos. Dai, sentamos e esperamos.

O Brasil hoje é sua herança na história das mentalidades. Nossa história não nos permitiu empreender, prosperar. Nossa mentalidade colonial funciona atualmente traduzida e apoiada por políticas de assistencialismo social. Nos impõe o papel do vitimismo histórico e com isso nos condena a mais do mesmo na longa linha das mentalidades culturais através dos tempos. E tudo isso, claramente, com a mão pesada do estado.

Então, caros leitores, o Brasil parece estar fadado ao fracasso como nação livre?

Não necessariamente. É preciso lembrar das linhas da história para que não repitamos os fracassos do passado. Insisto na ideia do entusiasmo intelectual como motor propulsor para uma sociedade mais aberta ao mercado e às liberdades individuais.

Não me parece que tenhamos a curto ou médio prazo, uma saída. E alinhado a isso, o mundo se tornou multicultural e amplamente internacionalizado, e nossos jovens querem viver isso. E devem viver isso. Nosso dever é fazer com que eles vivam isso. E então, nosso legado terá sido de honra, dignidade e liberdade. Estudar fora do país é a retomada do entusiasmo intelectual em seu sentido mais amplo. Estudar fora nos faz forte o suficiente para superarmos os obstáculos impostos pela sociedade moderna brasileira. Barão de Mauá, um ícone de nossa história, dizia que as dificuldades existem para serem vencidas. Seu exemplo pode nos servir como uma bandeira a ser revista na construção de um futuro mais justo, amplo, conectado e feliz.



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Nicolas Van Veen Colunista (Arquivo Pessoal)
Nicolas Van Veen

@instituto.vanveen

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