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A evolução dos costumes, em 'Relaxa Que É Sexo'

Autor e diretor da comédia musical, Wolf Maya vê público atual mais reprimido em relação ao assunto

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Espetáculo Relaxa que é sexo 

Estadão

A plateia, inicialmente, reage timidamente, mas, aos poucos, o sorrisos amarelos se transformam em gargalhadas. "É como se todos, de uma certa forma, perdessem a vergonha de lidar com o assunto", conta Wolf Maya, autor e diretor de Relaxa Que É Sexo, comédia musical que estreia nesta sexta, 23, no Teatro Nair Bello, no Shopping Frei Caneca.

O texto - já apresentado no Rio, onde Maya notou a reação do público - mostra diversos esquetes intercalados por números musicais apresentados por 12 atores. São uma espécie de "a vida sexual como ela é": a virgem que, na noite de núpcias, se assusta com o tamanho do órgão do marido, o teste do ator pornô para um filme erótico, a conversa pra lá de informal entre homens em uma sauna.

A peça é uma versão atualizada de outro texto de Maya, Relax... Its Sex, encenada há 18 anos. "Acrescentei duas ou três cenas, mas, em relação àquela encenação, percebi que o público hoje é mais reprimido: se escandaliza mais e, por isso, ri mais." Por conta disso, ele fez mudanças curiosas, como eliminar a nudez na cena de sauna masculina. "Há duas décadas, era uma provocação que hoje não faz mais sentido."

Já a modernidade inspirou o esquete do sexo virtual. "Hoje, especialmente os mais jovens, se relacionam por esse meio, sem contato físico, o que transforma a relação sexual", conta Maya, que compôs duas canções e partiu de outras, da Broadway, para construir versões.

Há assuntos delicados, porém, que ficaram de fora, como o assédio sexual. Maya, que também tem uma longa carreira de diretor na televisão, acredita que o brasileiro trata o assunto de forma peculiar. "Qualquer abuso é condenável, mas nossa sociedade transita com mais liberdade em terrenos como a cantada."

RELAXA QUE É SEXO
Teatro Nair Bello. Shopping Frei Caneca. R. Frei Caneca, 569, 3º andar. Tel.: 3472-2414. 6ª e sáb., 21h. Dom., 19h. R$ 80. Até 1º/4.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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