Por Meon Em Opinião

Como você se comportaria se fosse eleito?

Eleitor na urna votação

Por melhor intencionado que seja o cidadão que entra na política prá valer não imagina o que o espera, principalmente caso venha ser eleito. De vereador a deputado ou senador as benesses do Poder em algum momento vão levá-lo a deixar de lado o interesse coletivo e usufruir do pessoal. 

Na verdade, vai ser difícil resistir à tentação de tantas coisas que podem lhe render prestígio, massageamento de ego e “engordamento” da conta bancária. Esse último item propicia usufruir de outras vantagens que, se não fosse o bendito cargo que o povo lhe deu nas urnas democráticas, jamais poderia levar aquele tal padrão de vida que passou a ter.

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Alguns tópicos que deixam o político eleito feliz da vida. 

Viagens: O dito político nunca tinha andado (voado) e avião. Agora em menos de um ano de mandato já foi várias vezes a lugares exóticos, onde geralmente são realizados os “importantíssimos” congressos, simpósios, enfim, eventos que na maioria das vezes não levam a nada, mas nos departamentos de contabilidade das Câmaras e Prefeituras Municipais, Assembléias Legislativas, Câmara e Senado Federal chegam um emaranhado de notas fiscais das mais diversas naturezas, para a felicidade das redes de hotéis, restaurantes, locadoras e companhias aéreas. É uma verdadeira farra com o dinheiro público. Chega a beirar o caos, tal é a irresponsabilidade na hora das prestações de conta. O triste é que de alguma forma, se é encontrada uma brecha na lei que torna tudo isso legal, inclusive aos olhos do Tribunal de Contas.

Seria necessária uma revisão em tudo isso. Basta alguém pesquisar junto ao Poder Legislativo, por exemplo, quanto se gastou como despesas de “viagens de representação” os senhores, nossos representantes. Quando o montante for anunciado, se provocará arrepios na população que não votou nesse ou naquele seu representante para viajar, fazer turismo, conhecer outras plagas.

Em São José dos Campos parece difícil uma renovação substancial

No roll de vantagens além dos robustos salários, que fazem inveja ao mais graduado professor, advogado, pesquisador, entre outros, tem a vantagem de estar fazendo tudo isso com o objetivo de ter uma continuidade permanente nessa suposta representação. Tudo é feito imaginando que ele realmente é útil ao sistema, tanto assim que não se envergonha de cantarolar abertamente que foi, aqui, lá e acolá, para aprender algo importante e dividir com seu eleitorado. Pura balela.  Ficou poucos minutos no evento e mandou ver em escolher um pacote turístico e dane-se o resto. Nem esperou para assinar a carta de intenções.

É lógico que não estamos colocando os 100% de nossos representantes nesse balaio de irresponsáveis. Mas que é pequeno o número que leva isso a sério é. Felizmente, já é possível registrar mudanças substanciais em muitas cidades com referência a renovação nos legislativos e oxalá renove mais ainda nas eleições de outubro próximo.

Em São José dos Campos parece difícil uma renovação substancial, que por outro lado nos induz a pensar que a maioria está satisfeita com seus representantes. Estaria mesmo? As urnas disseram que sim e essa é a regra do jogo, portanto, vamos respeitá-las. E nós linguarudos de plantão temos que engolir...

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