A última grande epidemia de sarampo em São Paulo aconteceu em 1997
Arquivo/Divulgação
Depois de atingir o litoral, a capital e municípios da Grande São Paulo, o surto de sarampo avança pelas cidades do interior paulista, inclusive na RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte). Em todo o estado, foram registrados 384 casos confirmados até segunda-feira (15).
Na RMVale, foram registrados casos em Taubaté, São José dos Campos, Pindamonhangaba e Caçapava. Nesta quarta-feira (17), Campos do Jordão registrou um caso suspeito.
Dos 384 casos confirmados, 272 foram registrados na capital e 69 aconteceram em 13 municípios da Grande São Paulo e 43 em 10 cidades do interior. Com os novos casos já confirmados pelas prefeituras, os números do interior sobem para 45 confirmações em 11 cidades.
Depois da capital, a cidade com mais casos é Santos, que já teve 22 pessoas com sarampo este ano. O primeiro caso foi em 1º de março, acometendo um passageiro do navio de cruzeiro Seaview - um jovem de 21 anos, morador do bairro Gonzaga.
Na Grande São Paulo, fora a capital, Guarulhos (17 casos) e Santo André (15) lideram o ranking do sarampo. No interior, a cidade de Fernandópolis, na região norte do Estado, tem 11 casos confirmados. O avanço rápido da doença preocupa os serviços de saúde.
Em São José do Rio Preto, que fica na mesma região, moradores são convocados para tomar a vacina tríplice viral que protege contra o sarampo e está disponível em 27 unidades de saúde. A cidade tem cinco casos suspeitos da doença.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que monitora o comportamento da doença em todo o Estado e pode estender a campanha de vacinação contra sarampo para o interior, caso haja uma evolução maior no número de casos. Atualmente, a campanha é realizada na capital e nos municípios de Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul, na Região Metropolitana.
Histórico
A última grande epidemia de sarampo em São Paulo aconteceu em 1997, quando o Estado registrou 23.909 casos e 23 mortes. No ano seguinte, foram 252 casos, mas já não houve óbito. A doença voltou a se manifestar com mais rigor em 2011, quando foram registrados 27 casos. Depois de 97, não houve mortes atribuídas ao sarampo no Estado, segundo a pasta estadual.
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