Por Meon Em RMVale

"Nossa intenção era salvar a criança e não matar a Leila", afirma acusado

Suspeito alega que houve complicação no parto da gestante morta em Paraibuna

Casal preso em Duque de Caxias-RJ - Caso morte gestante em Paraibuna

Nicolas Diniz Lopes Caetano e Maria Terezinha Generoso Rodrigues Vieira após serem presos em Duque de Caxias (RJ)

Reprodução/SBT

Nicolas Diniz Lopes Caetano, preso acusado de envolvimento na morte da gestante Leila dos Santos, em Paraibuna, teria confessado que ele e Maria Terezinha Generoso Rodrigues Vieira pretendiam ficar com a filha da vítima, mas não tinham intenção de matar a gestante. Segundo o acusado, Leila teria morrido após uma cesárea improvisada realizada devido a complicações no parto.

O corpo da gestante foi encontrado no dia 4 de julho com um corte na barriga e parcialmente carbonizado, em uma estrada rural perto da Represa de Paraibuna. Ao lado da vítima, havia placenta e cordão umbilical, indicando que os responsáveis pelo crime teriam levado o bebê.

Nicolas, de 21 anos, prestou depoimento na madrugada de domingo (15), logo após chegar de Duque de Caxias (RJ), onde ele e Maria Terezinha, de 33 anos, foram presos na manhã de sábado(14).  A recém-nascida  foi resgatada e encaminhada para um hospital.

De acordo com informações apuradas pelo Meon, Nicolas e Maria Terezinha teriam levado Leila dos Santos, no dia 29 de junho, para uma casa na zona rural, a mais de 20 quilômetros do local onde o corpo da vítima foi encontrado.O casal teria tido apoio de pelo menos mais duas pessoas --já identificadas pela polícia. 

O acusado teria afirmado à Polícia Civil que esperavam que o parto fosse normal, porém houve complicações e eles teriam optado em salvar a criança, pois não daria tempo de socorrer a gestante.  Ainda não foi esclarecido como o corpo foi transportado até a estrada rural, perto da Represa de Paraibuna, e quem teria tentado carbonizá-lo.

 O delegado de Paraibuna Raian de Braga Araújo,  responsável pelo inquérito, não confirmou as informações e disse que todos os depoimentos colhidos até esta segunda-feira são conflitantes. Ele afirmou que falará sobre a investigação na tarde desta terça-feira (17), em entrevista coletiva.

O delegado pretendia ouvir a versão de Maria Terezinha na tarde de segunda-feira, mas ele não confirmou se houve o depoimento.

O Meon não conseguiu localizar o advogado de defesa de Maria Terezinha e Nicolas.

Entenda o caso

4 de julho-  quarta-feira 

14h - Polícia Militar recebe a ligação de funcionários da balsa da represa de Paraibuna avisando ter encontrado um corpo.

15h - A equipe policial chega ao local e identifica o corpo sendo de uma mulher negra de aproximadamente 30 anos. A vítima vestia roupas comuns e estava com o corpo e rosto queimados. Ao lado do corpo foram encontrados um cordão umbilical e uma placenta.

16h – Equipe de investigação criminal chega ao local do crime. Provas foram recolhidas e é constatado que a vítima estava com a barriga dilacerada e teria passado por uma cesariana no local. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Jacareí e identificado como Leila dos Santos, 30 anos, sem residência fixa.

5 de julho - quinta-feira

10h - Durante a investigação do caso, funcionários do cartório de registro civil entram em contato com a Polícia Militar e informam que uma mulher havia tentado registrar um recém-nascido sem documentação. A PM foi informada que a criança teria nascido em uma casa na zona rural da cidade próximo à Salesópolis, a 47 km de distância do centro de Paraibuna. No local nenhum vizinho reconheceu os suspeitos pelas imagens fornecidas pela polícia.

11 de julho - quarta-feira 

15h – Polícia Civil decreta a prisão preventiva da suposta mãe e do homem que a acompanhou ao cartório. A dupla está foragida e permanece sendo procurada pela policia.

12 de julho - quinta-feira

Família reconhece o corpo da vítima e polícia procura por suspeitos. 

13 de julho – sexta-feira

11h30 - Corpo da vítima é sepultado no Cemitério Colônia Paraíso no Jardim Morumbi em São José dos Campos.

14 de julho - sábado 

7h - Bebê de gestante morta em Paraibuna é localizado no Rio. Os suspeitos Maria Terezinha Generoso Rodrigues Vieira e Nicolas Lopes são presos.

20h - Casal é trazido de Duque de Caxias (RJ) pela Polícia Civil de Paraibuna para a região. A mulher ficará presa em Santa Branca e o homem, em Jacareí. O bebê permanecerá internado no Rio por um período de dez dias.


15 de julho - domingo

A Polícia Civil identifica pelo menos mais dois suspeitos de envolvimento na morte da gestante Leila dos Santos. Nicolas presta depoimento ao delegado Raian Braga de Araújo por cerca de cinco horas.


16 de julho - segunda-feira 

Estava previsto depoimento de Maria Terezinha, mas a polícia não confirmou.

17 de julho - terça-feira 

Delegado Raian Braga de Araújo agenda entrevista coletiva para as 14h em Paraibuna.

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