Por Meon Em RMVale

Motoboys de aplicativo delivery fazem protesto e anunciam paralisação em São José

Entre as reivindicações está o aumento de taxas paga por viagens feitas

motoboys

Motoboys reunidos em frente da Praça do Japonês, na quinta-feira 

Reprodução/Arquivo

Motociclistas de aplicativo delivery devem realizar uma passeata na tarde desta sexta-feira (13), em São José dos Campos. O ato deve contar com, pelo menos, 50 motoboys e é um protesto contra o valor repassado pelas empresas por viagem feita, segundo informou a categoria. Desde quinta-feira (12) motociclistas que trabalham com este tipo de serviço paralisaram as atividades como forma de protesto.

A previsão é que o grupo de motoboys se reúna em frente à Praça Riugi Kojima, conhecida como “Praça do Japones”, no Jardim Aquarius, às 15h. Conforme informado à reportagem, eles sairão em direção ao Anel Viário, passando pela Câmara Municipal, e seguindo em direção às ruas do centro da cidade.

Com a popularidade do serviço de delivery por aplicativos aumentou a quantidade de colaboradores e, com isso, de acordo a categoria, o valor pago pelas empresas por quilômetro rodado teria diminuído também. 

Segundo José Antônio de Almeida, motoboy em São José dos Campos, algumas empresas reduziram demais as taxas pagas aos motociclistas, o que, na opinião dele, deixa o serviço vulnerável.

“A nossa reivindicação é contra o iFood, que reduziu de R$ 1 a cada um quilômetro rodado para R$ 0,70 a cada quilômetro. Nós trabalhamos sob pressão, temos que fazer as entregas respeitando horários e prazos curtos. A gente não tem condição de fazer um trabalho com qualidade”, relatou.

Ainda segundo Almeida, os motoboys já contataram a empresa e não obtiveram nenhum retorno e ficarão em greve até que o iFood se posicione.

“Queremos que eles [o iFood] pague R$ 1,50 por km e que a taxa de deslocamento seja paga a cada 2 km e não a partir de 6 km, como funciona hoje”, ressaltou.

Outra reclamação da categoria é referente aos motoboys fixos, que trabalham de forma permanente para empresa, e os que fazem apenas um “frella”, quando exercem a atividade em horas livres. Segundo eles, os motoboys fixos têm preferência nas chamadas e os que atuam apenas em horários livres são desfavorecidos, com menos corridas para fazer.

O Meon procurou a empresa que disse por nota que os entregadores são parceiros independentes e que atuam de acordo com suas disponibilidades e que eles são livres para colaborar com outras empresas.

Nota completa do iFood sobre a reivindicação dos motoboys:

“O iFood informa que tomou conhecimento da movimentação dos parceiros de entrega, em São José dos Campos, e reforça que entende a importância de manifestações e da liberdade de expressão. No entanto, é importante esclarecer que, neste modelo de atuação, os entregadores são parceiros independentes, que atuam de acordo com a sua conveniência, gerenciam seu próprio tempo, podendo, inclusive, atuar por outras plataformas. O iFood reitera que mantém canais oficiais abertos de diálogo com os parceiros entregadores para quaisquer esclarecimentos, dúvidas e orientações.A empresa informa que a plataforma opera normalmente para todos os seus parceiros, sejam eles usuários, entregadores ou restaurantes.”

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