A última audiência pública sobre a Lei de Zoneamento aconteceu no dia 17 de julho
PedroIvoPrates/Meon
Moradores contrários ao projeto da Lei de Zoneamento elaborado pela Prefeitura de São José criaram um movimento para tentar pressionar o governo Felicio Ramuth a alterar pontos que consideram prejudiciais ao município. O grupo se declara apartidário e conta com apoio de pessoas que militam na defesa do Bosque Betânia, do Banhado e contra a verticalização de alguns bairros , entre outras questões.
Batizado de Desperta São José- Frente de Defesa do Direito à Cidade, o movimento utiliza as redes sociais para tentar mobilizar a população de diferentes bairros. O grupo convoca a comunidade para pelo menos três manifestações: a primeira na Câmara de São José, durante a sessão desta quinta-feira (1), a partir das 17h; outra que deverá acontecer na praça Ulisses Guimarães, no Jardim Aquarius, às 9h de domingo (4); e uma terceira na praça Afonso Pena, no centro da cidade, no dia 10 de agosto, a partir das 10h.
“É uma luta de todos! Se esse zoneamento for aprovado vai prejudicar a cidade é a vida de muitas pessoas. A área das vaquinhas no Aquarius vai ficar cheia de prédios. No meu caso, o Banhado foi Zeis [Zona Especial de Interesse Social] por mais de vinte anos, desde 1997, e agora do nada sumiu do mapa [na nova lei de zoneamento]! Então estamos unidos pra lutar por nossos direitos”, disse Elaine Lopez da Silva, de 35 anos, moradora do Banhado, que integra o movimento.
A última audiência pública sobre a Lei de Zoneamento de São José, realizada pela prefeitura no dia 17 de julho, contou com a participação de ao menos 400 pessoas e foi marcada por ânimos exaltados e muita reivindicação. No encontro, os assuntos mais discutidos pelos moradores envolveram a regularização do Banhado, a conservação do Bosque da Tívoli, e a proposta de liberação de comércio no Jardim Esplanada e da verticalização no Aquarius.
A Prefeitura de São José dos Campos apresentou o projeto da Lei de Zoneamento em 12 audiências públicas, realizadas em todas as regiões da cidade. De acordo com a administração, mais de 900 pessoas participaram dos debates. A previsão é que a proposta seja votada na Câmara em setembro.
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.