Por Meon Em RMVale

Ilhabela é alvo de operação da PF contra desvio de verbas públicas

Investigação da Polícia Federal vem desde de 2016 em São Sebastião e já passa de R$ 100 milhões em fraudes

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Operação Prelúdio acontece em hospitais e prefeituras de Ilhabela e S.Sebastião

Divulgação

A Polícia Federal cumpre diversos mandados de busca e apreensão nas cidades de Ilhabela e São Sebastião correspondentes a investigação da Operação Prelúdio, desde às 6h desta quinta-feira (19). A ação é decorrente da Operação Torniquete, que investiga irregularidades e desvios de verbas públicas nas cidades do litoral do Estado de São Paulo desde 2016.

A nova fase das investigações tem como foco a área da saúde em ambos os municípios do Litoral Norte. São aproximadamente 85 policiais federais, divididos em três equipes, que estão apreendendo documentos, computadores e provas em hospitais, nas sedes das prefeituras e nas secretarias municipais.

O resultado da Operação Prelúdio será divulgado no início da tarde desta quinta, pela equipe do delegado Carlos Roberto de Almeida, responsável pelo inquérito.

Operação Torniquete

Em novembro do ano anterior, a Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal havia realizadouma diligência na casa do ex-prefeito de São Sebastião, Ernande Primazzi, e em órgãos públicos municipais, empresas e residências de outros investigados nas cidades de São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba, São José dos Campos.

A investigação que teve início em 2016 com a finalidade de apurar denúncias de desvios de de R$ 100 milhões de recursos públicos por meio de contratos das áreas do lixo, transporte, obras e saúde, como repasses ao Hospital de Clínicas de São Sebastião, sob intervenção municipal desde 21 de agosto de 2007. 

No decorrer da investigação, contudo, além de irregularidades na intervenção havida no Hospital de Clínicas, foi descoberto o caso de uma corrupção sistêmica, envolvendo secretarias municipais e contratos firmados com diversas empresas prestadoras de serviços. Interceptações telefônicas e escutas ambientais feitas pela Polícia Federal indicaram a participação direta de integrantes do primeiro escalão do governo municipal nas negociatas e de outros servidores públicos municipais. O então prefeito era quem coordenava as fraudes e o desvio de recursos públicos.

Na época, foram afastados temporariamente da função pública dez servidores públicos; 16 investigados foram proibidos de frequentar as dependências de órgãos municipais e de se ausentarem do país, estipulando até 24 horas para a entrega de seus passaportes na Polícia Federal.

Defesas

A Prefeitura de Ilhabela declara por meio nota que apoia a Polícia Federal nas investigações e que entregou todos os documentos necessários.

"A Prefeitura já havia aberto processo sindicante para apurar possíveis irregularidades e colocou o setor e documentos à disposiçãoA Policia Federal cumpre um mandado de busca e apreensão na Secretaria de Meio Ambiente, em função de um inquérito aberto para apurar possível irregularidade em contrato celebrado em 2014 com a empresa prestadora de serviços de coleta de lixo no município de Ilhabela", declarou.

O Meon entrou em contato com a Prefeitura de São Sebastião, mas até o momento não se manifestou sobre o caso.

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