Por Meon Em RMVale

Do Vale para o espaço: a RMVale e a tecnologia espacial

Muitos projetos da PEB são desenvolvidos na nossa região

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Redução no investimento desacelera as pesquisas.

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 Quando se fala em missões espaciais logo pensamos na Nasa (National Aeronautics and Space Administration). De fato a agencia espacial americana se destaca no segmento, no último dia 12 ela lançou uma sonda em direção ao sol. Mesmo a Nasa roubando a cena no espaço, o Brasil, e especificamente a RMVale, já desenvolveu e desenvolve tecnologia aeroespacial para o mundo todo.

Um dos projetos para o PEB (Programa Espacial Brasileiro) que o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) desenvolve atualmente é o CBERS 4A em parceria com a China. A parceria com o país oriental vem desde a primeira versão do satélite em 1988. Em 2013 houve uma falha no lançamento do CBERS-3, porém, em dezembro do ano seguinte, o CBERS-4 entrou em órbita.

A nova versão do satélite, o CBERS 4A será um satélite de sensoriamento remoto de média resolução, dotado de cargas ópticas mais avançadas. O satélite traz melhorias para acomodar a nova câmera imageadora chinesa que possui qualidade superior na resolução geométrica e espectral. O lançamento está previsto para segundo semestre 2019 na China.

Outro grande projeto em andamento é o Amazônia-1. O satélite será o primeiro totalmente desenvolvido no Brasil. O Amazônia-1 será baseado na Plataforma Multimissão (PMM). Desenvolvida pelo INPE em parceria com a indústria brasileira, a PMM é uma plataforma genérica para satélites na classe de 500 kg, provendo os recursos necessários, em termos de potência, controle e comunicação para a operação do satélite em órbita.

O satélite brasileiro é desenvolvido para observar e monitorar a agricultura nacional e o desmatamento, especialmente da região amazônica, para obter dados que ajudem os programas ambientais do país. O lançamento era previsto para 2018, mas atualmente esta sem previsão.

 

A RMVale na história espacial

O Inpe e o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), estão diretamente envolvidos com projetos do PEB desde sua criação. Desde os primeiros satélites da história, Sputnik lançado pela União Soviética e o Explorer pelos Estados Unidos lançados no final da década de 50, os brasileiros acompanham as tecnologias espaciais. Na época, dois alunos de engenharia do ITA desenvolveram e construíram em parceria com o Laboratório de Pesquisa Naval da Marinha dos EUA uma estação de rastreio para captar os sinais dos dois satélites.

 

Redução no investimento

Mesmo com todos esses projetos, o governo brasileiro vai na contramão do resto do mundo e vem reduzindo “violentamente” os investimentos em ciência e tecnologia ao longo dos anos. No inicio deste ano, a verba destinada à pasta foi reduzida em 25% em relação a 2017. O investimento em bolsas e fomento à pesquisa caiu de R$ 5,9 bilhões para R$ 4,4 bilhões sendo reduzido ainda mais 10% no primeiro trimestre de 2018.

Para Ivanil Elisiario Barbosa, presidente do SindCT (Sindicato Servidores Públicos Federais da Área de Ciência e Tecnologia) a situação vem piorando sem previsão de melhoras. “Os institutos públicos executores do PNAE, INPE e IAE/DCTA estão desmobilizados, desprestigiados em orçamento e, ainda pior, em marcha acelerada de desmantelamento, por causa da ausência de política de manutenção da força de trabalho”, comenta Ivanil.

Ainda segundo o presidente do sindicato, o DCTA tinha aproximadamente 4.300 trabalhadores em seus quadros em 1987, hoje tem cerca de 1600 servidores. No Inpe a situação é a mesma, tinha 1.809 servidores em 1987, tem hoje menos de 700 servidores com previsão para serem reduzidos a menos de 500 até o final de 2020.

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