Muito mais do que uma oportunidade para ver os ídolos da cultura pop, na Comic Com Experience qualquer um pode SER uma celebridade – ou pelo menos se parecer muito com uma. Participantes do evento formam filas para tirar fotos com os cosplayers. 

O cosplay está um nível acima da fantasia comum, pois o seu usuário não só veste uma roupa, mas age e busca nos detalhes ser o próprio personagem por algumas horas. Os cosplayers são pessoas que levam muito a sério o quesito perfeição.

Na edição anterior da CCXP, o joseense Fernando Alvarenga Moura, 26 anos, técnico em eletrônica, veio com um cosplay do jogo World Of Warcraft e conta que chegou a ficar quatro horas em um mesmo lugar, pois as pessoas não paravam de o abordar para tirar fotos com ele. 

“Foi legal e frustrante ao mesmo tempo, porque se formou uma fila e eu fiquei quatro horas do evento parado, sem conseguir sair do lugar, porque o pessoal queria tirar foto comigo. Acabou fazendo tanto sucesso que acabei tendo que tirar o cosplay pra conseguir aproveitar um pouquinho do evento”, conta Fernando.

As pessoas que tem a intenção de virem caracterizadas podem se cadastrar como cosplayers e ter acesso a um camarim exclusiva para se prepararem. Fernando diz que esse incentivo da organização da CCXP faz toda a diferença.

“Aqui tem tudo relacionado ao nosso mundo. Nos encontramos com os amigos de longe e a gente também pode se expor. Somos muito bem recebidos e conseguimos ficar um pouco mais conhecidos, pois fazemos amizades, interagimos e tiramos muita foto com o pessoal”, diz.

Para o cosplayer, esse segmento tem crescido cada vez mais na RMVale. Para ele, de uns anos pra cá, os eventos de cultura pop tem vindo mais para a região e os grupos tem investido mais em produtos ‘nerd’.

“Desde 2011 pra cá, isso tem crescido muito. Principalmente nas cidades de Taubaté, Guará e São José dos Campos, tem acontecido muitos eventos legais. Muitos eventos fazem circuito e vão pra nossa região porque tem demanda [...] Outra coisa que notei também é o investimento das pessoas no cosplay e na área geek. Antes o pessoal fazia mais aquele ‘cospobre’, hoje tem um lado competitivo que faz o pessoal investir mais”, afirma Fernando.

Histórias da #CCXP19

A intenção é uma só: se divertir

Grupo do Rio de Janeiro imprime foto do amigo em tamanho real para "leva-lo" à CCXP19

Samuel Strazzer/Meon

Com fantasias mais engraçadas do que perfeccionistas, um grupo bem-humorado do Rio de Janeiro (RJ), veio com a proposta de tirar gargalhadas do público – e conseguiu.

Um dos amigos já estava com o ingresso comprado, mas não pôde vir a feira por problemas no trabalho. Foi então que os outros decidiram que ele viria de qualquer jeito e imprimiram uma foto do amigo em tamanho real.

Com a credencial no pescoço, o ‘Francisco de papelão’ entrou na feira, foi nos estandes, assistiu as atrações nos painéis e saiu em TODAS as fotos com os amigos. Marlon Diniz, 22 anos, publicitário, conta que não foi barato ‘fazer’ o ‘substituto’ do amigo, mas ele dinha que estar com o grupo de qualquer maneira.

“Eu vou te dizer uma coisa: não foi barato (risos). Esse aqui é o Francisco, um rapaz genial. Ele iria vir, já tinha comprado a credencial, mas chegando próximo do evento surgiu um problema no trabalho e ele não pôde vir, mas decidimos que ele viria de qualquer maneira”, conta Marlon.

O bom humor do grupo não estava só no ‘Francisco de papelão’, mas na caracterização de todos eles. Marlon explica que as vestimentas foram propositalmente escolhidas para fazer as pessoas rirem.

“Nosso cosplay está mais para o ‘cospobre’. Eu nunca fiz um cosplay muito bem trabalhado, eu pego uma ideia pra fazer uma piada. Eu prefiro ver o pessoal rindo do que ficar perfeito. Eu faço pra ver as pessoas falando ‘olha lá que legal, que engraçado, que maluquice’. Eu acho que isso vale muito mais”, diz Marlon.