RMVale

Com 8 mortes por H1N1, rede pública de saúde não tem vacinas na RMVale

Não há previsão de chegada de novos lotes; veja dicas de prevenção

Escrito por Meon

18 JUL 2019 - 13H38 (Atualizada em 12 JAN 2022 - 19H21)


A rede pública de saúde na RMVale não possui mais doses de vacina contra a Influenza. Já foram registradas ao menos oito mortes causadas por H1N1 na região em 2019, sendo quatro em Taubaté, três em São José dos Campos e uma em Campos do Jordão. A campanha de vacinação contra a gripe para os grupos de risco aconteceu entre 10 de abril e 31 de maio.

A Secretaria de Saúde de São José dos Campos informou que as vacinas acabaram logo após a campanha, e que emitiu uma orientação para as unidades de pronto atendimento públicas e privadas sobre os procedimentos a serem adotados, caso algum paciente apresente sinais de síndrome gripal. A Vigilância Epidemiológica não registrou, na última semana, nenhum caso de pessoa internada com suspeita de Influenza (H1N1 ou H3N2) em hospitais da cidade.

Em Taubaté, a Secretaria de Saúde informou que as doses de vacina contra a gripe na cidade acabaram e não há previsão de um novo lote. A Vigilância Epidemiológica já confirmou quatro mortes por H1N1 e outros 27 casos da doença, seguido por quatro casos de Influenza B e um registro de H3N2.

A Secretaria de Saúde de Jacareí informou, por meio de nota, que “desde o início das suspeitas de contaminação por H1N1 nas adolescentes que viajavam a Porto Seguro, tomou algumas medidas preventivas, tais como identificar os alunos que participaram da excursão, investigação epidemiológica dos alunos e orientação aos pais e responsáveis sobre a doença, sintomas e tratamento”. A pasta disse ainda que está agendando reuniões com os pais e responsáveis, para monitorar os envolvidos.

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo foi procurada pela reportagem, mas até às 13h30, não havia retornado.

Busca por vacina

Sérgio Salvador, 33 anos, mora em São José e disse que tentou se vacinar em várias unidades de saúde públicas e foi informado de que as doses tinham acabado. “[A vacina] é uma necessidade para os grupos de risco e também para toda a população. Infelizmente estão acontecendo essas fatalidades com pessoas que não estão no grupo de risco”.

Roberto Pereira, 67 anos, mora em São José dos Campos e se vacinou na rede particular. Roberto conta que um de seus netos, de 7 anos, perdeu a data de vacinação e teve que pagar pela vacina. “É bom, mas deveria ser prioridade para todas as pessoas, até porque muitos preferem não tomar a vacina, que acaba sobrando em alguns postos de saúde.”

Eugênio Duarte, 48 anos, disse que tentou se vacinar pela rede pública, mas não conseguiu. “Me disseram que tinha encerrado. Fiquei de ver o preço essa semana, dependendo do valor, pretendo tomar. Não faço [parte dos grupos de risco], mas quero me prevenir, porque nos últimos tempos tive gripe com uma frequência maior.”

Valéria Godoy, 41 anos, faz parte dos grupos de risco e alegou não ter tomado a vacina por falta de tempo. Sobre a prioridade aos grupos de risco, Valéria diz não concordar. “Deveria ser para todos, inclusa no calendário vacinal.”

Custo

Na Clínica de Vacinação Imunecare, em São José dos Campos, a vacina contra a gripe influenza cobre todos os tipos da doença e custa R$ 150. Bebês a partir dos seis meses podem tomar a dose e não há restrição de idade.

Prevenção do H1N1

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