Vista aérea do Bosque da Tívoli, em São José dos Campos
Arquivo/Meon
A Câmara Técnica do Comam (Conselho Municipal de Meio Ambiente) de São José dos Campos divulgou na quinta-feira (19) um relatório que apresenta justificativas contrárias ao corte das árvores no Bosque da Tívoli, na região central da cidade.
A área verde ocupa 8,4 mil metros quadrados e abriga 430 árvores. O Grupo Marcondes Cesar, proprietário do terreno, pretende construir um estacionamento. A obra foi embargada pela Justiça.
O documento deve ser entregue à prefeitura e à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) nos próximos dias juntamente com relatórios elaborados por membros do movimento Salve o Bosque Betânia e por professores da Unesp e do ITA.
O relatório aprovado pela Câmara Técnica do Comam foi feito em três meses e assinado pela coordenadora Andrea Sundfeld. O documento ressalta que “a manutenção dos maciços arbóreos urbanos apresenta valores não contabilizados, entendendo como externalidades positivas, com reflexo na redução de ilhas de calor, redução da poluição, aumento da infiltração da água além da qualidade proporcionada por aspectos socioculturais e estéticos”, com consequências positivas para a saúde da população.”
O relatório também informa que o bosque possui árvores de espécies nativas da flora brasileira e diversidade biológica.
De acordo com o presidente do Comam, Lincoln Delgado, o ofício é importante pois mostra a importância das árvores no perímetro urbano. “Toda árvore no município tem sua importância. Esse é o momento interessante também para repensarmos a questão da arborização na cidade”, afirmou Delgado.
Para Angela Luswarghi, do grupo Salve o Bosque Betânia aprovação do documento foi muito importante para o movimento, mas o documento ainda precisa de mais detalhes. “É preciso um aprofundamento técnico maior para esse tipo de relatório”, disse.
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