Mapa da Amazônia feito pelo PRODES, projeto do INPE que monitora a Amazônia desde 1988
Reprodução/Inpe
Nesta sexta-feira(19), o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que não acredita nos dados sobre o desmatamento da Amazônia divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O presidente também criticou Ricardo Magnus Osório Galvão, atual diretor o instituto.
Em 2019, houve um aumento de 68% no desmatamento da Amazônia, comparado ao mesmo período de 2018 segundo o estudos do Inpe. O desmatamento de corte raso acumulou um total de 1.907 km² de área nos meses de abril, maio e junho.
Sobre os dados, Bolsonaro declarou durante uma entrevista a jornalistas estrangeiros “Não acredito que os dados que saíram no INPE sejam verdadeiros. Eu tenho a convicção que os dados são mentirosos, e nós vamos chamar aqui o presidente do INPE para conversar sobre isso, e ponto final nessa questão”.
Questionado mais uma vez sobre questões ambientais , o presidente afirmou que existe uma psicose ambiental no Brasil. “Se for somado o desmatamento que falam dos últimos 10 anos a Amazônia já acabou. Eu entendo a necessidade de preservar, mas a psicose ambiental deixou de existir comigo”, disse.
Sobre as declarações, a assessoria de imprensa do Inpe enviou a seguinte nota:
A política de transparência dos dados do INPE permite o acesso completo a todas as informações geradas pelos seus sistemas de monitoramento. Este acesso possibilita avaliações independentes pela comunidade usuária, incluindo o governo em suas várias instâncias. A transparência e a consistência da metodologia do INPE para monitorar o desmatamento na Amazônia são reconhecidas internacionalmente. O PRODES, nosso sistema pioneiro, possui mais de mil citações na literatura científica pela excelência de seus dados. O INPE monitora constantemente a qualidade dos dados sobre desmatamento, que atualmente apresentam índice superior a 95% de precisão.
O SindCT (Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial) também se posicionou através da seguinte nota:
O SindCT esclarece que é público e notório que o INPE destaca sua política de transparência dos dados que permite o acesso completo a todas as informações geradas pelos seus sistemas de monitoramento. Este acesso possibilita avaliações independentes pela comunidade usuária, incluindo o governo em suas várias instâncias. A transparência e a consistência da metodologia do INPE para monitorar o desmatamento na Amazônia são reconhecidas internacionalmente.
O PRODES, sistema pioneiro do INPE, possui mais de mil citações na literatura científica pela excelência de seus dados. O INPE monitora constantemente a qualidade dos dados sobre desmatamento, que atualmente apresentam índice superior a 95% de precisão.
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