Por Meon Em RMVale

Audiência pública da Lei de Zoneamento debate verticalização na região oeste de São José

Moradores reclamam que o projeto de lei não considera a qualidade de vida da população

A Prefeitura de São José dos Campos apresentou nesta terça-feira (2) o projeto da nova Lei de Zoneamento para os moradores da região oeste. O encontro aconteceu na escola municipal Professora Sebastiana Cobra, no Jardim das Indústrias.

A reunião que iniciou às 18h45 se estendeu até às 22h, teve a participação de pessoas de outras localidades da cidade, que reivindicaram a criação de uma área verde na Vila Betânia e políticas de incentivo aos ambulantes locais. Já os moradores da região oeste questionaram a verticalização na região chamada de Centralidade Municipal Aquarius.

Com o crescimento populacional no local, os moradores temem que os problemas com rede de esgoto, água e trânsito sejam mais prejudicados.

Os moradores reclamaram que o projeto da Lei de Zoneamento dá abertura para a construção de prédios de até 44 andares no local conhecido como “terreno das vaquinhas”.  O loteamento tem mais de 560 mil m² e fica às margens da Avenida Cassiano Ricardo, no Jardim Aquarius.

Juliana Teixeira mora no bairro e lamenta as propostas para crescimento vertical na região, “não é inteligente, e em nenhum momento foi falado sobre compensação ambiental, não vejo contra partida de qualidade de vida”, disse.

Em relação à queixa, Rodolfo Marcos Venâncio, diretor de fiscalização e licenciamento de obras da Prefeitura, diz que o texto de lei do Plano Diretor, que foi votado no ano passado, está sendo proposto e busca o consenso.

“Somos uma cidade com todas as classes sociais e o texto de lei tem de tentar atender a todos, com as audiências tentamos harmonizar, na medida do possível, os anseios de cada um e atender o setor produtivo, comercial e ambiental da cidade”, destacou.

Apesar disso, o arquiteto e urbanista Arlindo Regis de Oliveira, que é morador da região oeste, critica o Plano Diretor.

“Existem falhas e incoerências no projeto, não há equilíbrio no que está sendo proposto. Os técnicos da Prefeitura são muito resistentes em ouvir a população, parece que fingem que nos ouvem, se os técnicos não considerarem as colocações dos moradores só vai nos resta reclamar, como temos feito, e isso não é justo” ressaltou.

Para o vereador Walter Hayashi (PSC) “as audiências ocorrem para ouvir a população e os impactos que a proposta da lei irá causar em cada região do município. A interação com a população é necessária para que os problemas apresentados pelos moradores possam ser considerados na elaboração do projeto final, que será debatido na Câmara”, informou.

O vereador Wagner Balieiro (PT), comentou que “as audiências públicas são importantes, mas é preciso que ao final das reuniões sejam realizadas audiências devolutivas com a população. As questões que foram colocadas aqui precisam ser respondidas pela Prefeitura. Não adianta ter o debate e depois não informar se o pleito do morador foi aprovado”, destacou

As audiências públicas que iniciaram no dia 29 de junho acontecem até o dia 17 de julho em outras localidades.

Confira o calendário completo.

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