Depois de três anos, Taubaté pode voltar a ter estacionamento rotativo nas ruas da cidade até o final de 2019.
Desde o dia 19 de junho, a prefeitura está realizando testes de software e hardoware do equipamento. Segundo o governo, a fiscalização terá o reforço de um veículo com tecnologia para ler placas dos carros.
A instalação de uma nova Zona Azul pode ser o último capítulo de uma novela que se arrasta desde 2016, quando o contrato com a empresa Expark Xavante foi rompido. A última tentativa de abrir uma licitação para contratação de empresa para o serviço aconteceu em 2018, mas foi suspensa pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) em agosto do ano passado.
De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana de Taubaté, Luiz Guilherme Perez, após o contrato com a nova empresa deve ser assinado no próximo dia 19, após um mês de testes dos equipamentos. "A empresa ganhou por melhor autorga. A previsão é que eles arregadem R$ 4 milhões por ano e, desse valor, serão repassados 41% para a prefeitura. Essa verba será usada para melhorias na área de mobilidade urbana", explicou o secretário. A empresa, Hora Park, atua em diversas cidades do país, incluindo Pindamonhangaba e Jacareí. O contrato tem validade de dez anos, podendo ser prorrogável por mais dez.
Funcionamento
Os parquímetros srão instalados em ruas do centro de Taubaté que tenham características comerciais. Foi traçado um perímetro que se inicia na Avenida do Povo, segue pela avenida Nove de Julho, Granadeiro Guimarães, Faria Lima, rua Juca Esteves e avenida Dom Pedro 1º. "A Zona Azul vai atuar em todas as ruas comerciais que estiverem dentro dessa área determinada", disse Perez.
Inicialmente, o serviço prevê 2.500 vagas rotativas com possibilidade para ampliação para mais mil vagas, chegando a 3.500. Serão instalados entre 40 e 50 parquímetros e a empresa vai contratar 40 monitores para fazer a fiscalização e auxiliar motoristas sobre o uso do equipamento.
O custo da hora será de R$ 2 para carros e R$ 1 para motos e o tempo máximo de permanência é de até duas horas. Segundo Perez, o pagamento poderá ser feito com cartão de crédito, débito, aplicativo de celular, mensagem de texto, telefone 0800 e pontos de venda. Serão credenciados entre 30 e 40 pontos de venda no centro da cidade.
Fiscalização
Perez explicou que, caso os motoristas não pagarem a tarifa ao estacionar, será emitido um bilhete de aviso que poderá ser pago após a utilização. O valor da "pós-utilização" é de dez vezes o preço da tarifa.
Caso o motorista também não pague a tarifa de pós-utilização, ele será multado em R$ 195 e receberá sete pontos na carteira por infração gravíssima.
Para fazer a fiscalização, além dos monitores, o serviço também vai contar com um veículo que vai passar pelas ruas da cidade e escanear as placas dos carros. Caso identifique algum veículo que não tenha pago a vaga rotativa, um aviso será enviado para o monitor que vai colocar um aviso de não pagamento no carro.
"Quando você estaciona e paga, a placa do seu carro já está no sistema. Esse veículo para fiscalização tem uma tecnologia que lê as placas dos carros estacionados e, se não tiver cadastro no sistema, esse programa envia uma mensagem para os aparelhos dos monitores. Isso evita mobilizar agentes de trânsito para fazer essa fiscalização", afirmou Perez.
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