Abaixo-assinado de quiosqueiros de Caraguá reúne cerca de 5 mil assinaturas

Mais de 300 pessoas se juntaram nesta segunda-feira na Praça Martin de Sá

Arquivo 

Os quiosqueiros de Caraguatatuba já conseguiram quase 5 mil assinaturas no abaixo-assinado, até a manhã desta terça-feira (7), de apoiadores da luta contra a licitação dos quiosques emitido pelo Ministério Publico Federal. Na noite chuvosa da última segunda-feira (6), um ato na praça principal da Martin de Sá reuniu mais de 300 pessoas em prol da causa.

O abaixo- assinado e as negociações técnicas serão apresentados em uma reunião com a promotora responsável pelo caso, Walquiria Inamura Picoli, que será realizada nessa quinta-feira (9) no Ministério Público Federal de São José. Representantes dos quiosqueiros, da prefeitura e da SPU (Secretaria de Patrimônio da União), estarão presentes.

Para a quiosqueira Shananda Rosa Raffi, que é dona do Balaio Caiçara em Massaguaçu há 17 anos e organizou o ato, o comércio local depende dos quiosqueiros e o protesto de ontem mostrou a preocupação das pessoas.

“Eu dou a minha vida e faço isso com muito esforço e amor. Tenho o quiosque no Massaguaçu desde os meus 21 anos, criei meu filho trabalhando. Com todo meu esforço, consegui ajudar muito comerciantes do município. O comércio depende de nós e com a licitação, todo o meio socioeconômico da cidade se preocupa. Mesmo com toda a chuva e tempo ruim, muitos se mobilizaram pela causa e nos apoiam,” concluí.

A presidente da Associação dos Quiosqueiros de Caraguatatuba (AQC), Margarida Josefa Fernandes, disse que os membros da associação irão se reunir após a reunião para decidir qual caminho tomar. Eles poderão participar como ouvintes sendo representados pela própria Prefeitura da cidade.

A Prefeitura de Caraguá disse ao Meon que estão junto de secretários à disposição dos quiosqueiros para encontrar a melhor solução para a questão.

“Sendo uma estância turística, os quiosques são uma importante atividade para a economia local, gerando aproximadamente 1,5 mil empregos diretos durante a temporada,” concluí a Prefeitura.

Procurada pelo Meon, nesta segunda-feira (6), a procuradora Walquiria informou, por meio de sua secretária, que a solução do assunto depende da assinatura de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) que está sendo discutido com a Prefeitura de Caraguatatuba e os comerciantes.