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Bolsas europeias fecham em queda com tensão EUA-China e dados econômicos no radar

Os mercados acionários europeus fecharam em queda nesta quinta-feira, 23, com os olhos dos investidores atentos ao acirramento das tensões entre os Estados Unidos e a China e à divulgação de dados econômicos da Zona do Euro, além da publicação da ata da mais recente reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou o dia em queda de 1,44%, aos 372,60 pontos.

No início do pregão, a China anunciou que os americanos precisam "corrigir suas ações erradas" para que as negociações possam avançar. A piora no tom derrubou os papéis da empresa franco-italiana STMicroelectronics, fornecedora de componentes eletrônicos utilizados pela Huawei, que sofreu restrições por parte do presidente americano, Donald Trump, dentro do contexto da guerra comercial. A companhia recuou 5,67% na Bolsa de Paris, onde o índice CAC 40 perdeu 1,81%, aos 5.281,37 pontos.

Na Bolsa de Milão, mercado em que a STMicroeletronics também é negociada, a companhia também recuou 5,67%. O índice FTSE MIB fechou em baixa de 2,12%, aos 20.136,39 pontos, a maior queda do continente. No mercado acionário local, empresas do ramo petrolífero, como a Saipem e a Tenaris, recuaram 5,17% e 4,23%, respectivamente, reagindo frente a queda de mais de 5% nos contratos futuros de petróleo.

O dia também foi marcado pela divulgação de dados econômicos da Zona do Euro, com o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial caindo de 47,9 em maio a 47,7 na prévia de maio, ante expectativa de alta a 48,1. A IHS Markit, que realiza o estudo, diz que o ritmo do crescimento econômico na zona do euro seguiu contido no mês atual, diante da demanda "estagnada".

Ainda no cenário econômico, o Banco Central Europeu (BCE) divulgou hoje a ata de sua mais recente reunião de política monetária, relatando temores com o Brexit e a ameaça imposta por políticas protecionistas, dizendo que isso pode respingar de maneira negativa na economia do continente.

Na esteira dos indicadores, a Alemanha também divulgou o índice de sentimento das empresas do país, que caiu de 99,2 pontos em abril para 97,9 em maio, segundo pesquisa divulgada hoje pelo instituto alemão Ifo, frustrando analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam recuo menor, a 99,1. No mercado acionário alemão, as ações do Deutsche Bank recuaram 2,39%, com a sinalização de que haverá cortes no banco de investimento. O índice DAX 30, da Bolsa de Frankfurt, fechou em queda de 1,71%, aos 11.952,41 pontos.

No Reino Unido, as expectativas pela renúncia da primeira-ministra britânica, Theresa May, e a ansiedade pelos próximos passos do Brexit chamaram a atenção. O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, caiu 1,41%, aos 7.231,04 pontos. A notícia de que a Royal Mail, o serviço postal da Inglaterra, pode ser reestatizada com a troca de governo derrubou as ações da empresa em 10,86%. As petroleiras britânicas também ajudaram a pressionar o índice, com a Antofagasta recuando 4,01% e a BP registrando queda de 2,93%.

Na Península Ibérica, o índice Ibex 35, da Bolsa de Madri, perdeu 1,28%, encerrando o pregão com 9.114,00 pontos; enquanto o índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, caiu 0,98%, aos 5.057,92 pontos.

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