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Após trégua política, dólar começa o dia com perdas e alterna altas e baixas

O dólar começou esta terça-feira, 26, sendo negociado em queda, mas meia hora depois alternava-se entre viés de alta e baixa. A virada aconteceu no segmento futuro, depois no segmento à vista do mercado doméstico e também aconteceu perante algumas pares do real no mercado, como o peso mexicano.

O Dollar Index (DXY) também passou a subir, depois de iniciar a manhã em queda. Às 9h41, o índice avançava 0,07%. A mudança de sinal do dólar ante o real sucedeu a divulgação de indicador americano sobre moradias. As construções iniciadas sofreram queda de 8,7% em fevereiro ante janeiro, segundo pesquisa divulgada hoje pelo Departamento do Comércio. A projeção era de recuo de 1,6%.

Do noticiário doméstico, os agentes econômicos monitoram a adoção de um tom pacificador pelo presidente Jair Bolsonaro para extinguir a crise política em torno da reforma da Previdência. Como afirma o analista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto, uma maior recuperação dos preços domésticos dependerá de "alguns dias de calmaria".

Ainda que os agentes econômicos já previssem alta volatilidade ao longo de toda processo de discussão da Previdência, é possível dizer que ninguém esperava que o próprio proponente da reforma tomasse uma atitude que viria a prejudicar a busca pela aprovação da PEC.

Nesse contexto, a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça na tarde desta terça atrairá a atenção dos agentes econômicos. Como escreveu a colunista do Broadcast Político Elizabeth Lopes, a audiência que poderá ter questionamentos duros será o primeiro teste desse novo tom pacificador. "Guedes também não tem papas na língua quando é provocado. Resta acompanhar se na tarde de hoje vai içar a bandeira da paz com os congressistas", escreveu.

Além disso, os agentes econômicos assimilam a ata do Copom e o IPCA-15 referente a março, divulgados mais cedo. O documento do Banco Central reforçou a ideia de que a Selic deve continuar estável, ainda que não tenha eliminado a possibilidade de corte no futuro, na avaliação do economista-chefe da Quantitas Asset Management, Ivo Chermont.

A ata reiterou que "cautela, serenidade e perseverança" nas decisões sobre juros, "inclusive diante de cenários voláteis, têm sido úteis na perseguição de seu objetivo precípuo de manter a trajetória de inflação em direção às metas".

Já o IPCA-15 em março (+0,54%) veio acima da mediana mas dentro do intervalo das estimativas, coletadas pelo Projeções Broadcast. Segundo a Guide Investimentos, a média dos núcleos, o grupo serviços e os serviços subjacentes tiveram resultados menores na comparação com fevereiro.

Às 9h49 desta terça, o dólar à vista voltara a exibir viés de alta e subia 0,06% aos R$ 3,8586. O dólar futuro (contrato para abril) subia 0,16% aos R$ 3,8580.

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