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No Canadá, diretora da Huawei propõe pagar vigilância para ficar em liberdade

Advogados da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, disseram nesta segunda-feira (10) que a empresária chinesa, presa no Canadá, pode pagar pela vigilância que garantiria sua permanência no país se a Justiça a libertar mediante pagamento de fiança.

A oferta foi feita durante audiência em um tribunal canadense, que julga se ela poderá ser esperar em liberdade a análise do pedido de extradição feito pelos Estados Unidos.

O juiz William Ehrcke, adiou para esta terça-feira, 11, uma decisão sobre se concederá a liberdade sob fiança para a executiva da Huawei para escutar os argumentos dos advogados de defesa.

Na sexta-feira passada, dia 7, os promotores pediram ao Tribunal Supremo de Columbia Britânica que ela permaneça presa até que o pedido de extradição americano seja julgado, por considerarem que a executiva chinesa pode fugir do Canadá.

No entanto, os advogados de Meng Wanzhou afirmaram que a diretora da Huawei e filha do fundador da empresa tem intenção de permanecer no Canadá. Caso o juiz do caso estabeleça uma fiança para libertá-la, ela permaneceria em uma das duas mansões que possui em Vancouver.

A defesa da executiva da Huawei também ofereceu pagar as despesas de duas empresas de vigilância que garantiriam sua permanência no país: uma de segurança para executivos e outra de controle eletrônico, para acompanhar seus passos fora da prisão.

Meng Wanzhou também afirmou em uma declaração juramentada que teme por sua saúde. Desde que foi presa, a executiva precisou ser hospitalizada uma vez para tratar de uma crise de hipertensão.

"Ainda me sinto mal e temo que minha saúde se deteriore enquanto eu estiver presa", disse ela em depoimento. A executiva argumenta que sofreu numerosos problemas de saúde, incluindo uma cirurgia para câncer de tireoide em 2011.

"Desejo permanecer em Vancouver para impugnar minha extradição e refutarei as acusações no julgamento nos Estados Unidos se me entregarem em última instância", afirmou.

A prisão enfureceu Pequim, abalou os mercados e aumentou as tensões em meio a uma trégua na guerra comercial entre EUA e China. O último protesto sobre o caso também levou à suspensão de uma missão comercial canadense à China nesta semana. (Com agências internacionais).

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