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Ministro alemão inicia viagem a Oriente Médio para tratar de tensões de EUA e Irã

O ministro de Relações Exteriores das Alemanha, Heiko Maas, chegou ao Iraque neste sábado para debater sobre as tensões crescentes entre Estados Unidos e Irã. A visita faz parte de uma viagem mais longa pelo Oriente Médio, que tem o objetivo de tentar reduzir o atrito entre os dois países.

Em comunicado, o Ministério informou que a Alemanha e a Europa estão determinadas a preservar o acordo nuclear internacional firmado com o Irã em 2015, considerado "fator-chave para a estabilidade e a segurança na região". As preocupações aumentaram, lembra a Pasta, com as recentes movimentações de navios dos EUA no Golfo Pérsico.

"Não podemos apenas pedir o diálogo, devemos conduzi-lo, particularmente quando as diferenças parecem intransponíveis e os conflitos de longa data são profundos. O risco de erros de cálculo, mal-entendidos e provocações em uma região muito tensa levarem a consequências imprevisíveis é claro", declarou o gabinete no comunicado.

Durante a visita ao Iraque, Maas deve se reunir com o presidente do país, Barham Salih, com o primeiro-ministro, Adil Abd-Mahdi, e com o ministro das Relações Exteriores, Mohamad A. Alhakim, para discutir a segurança regional, relações bilaterais e investimentos, segundo o porta-voz do Ministério do Exterior iraquiano, Ahmed Mahjoub. O Iraque tem interesse em investimentos estrangeiros para reconstruir sua infraestrutura e aumentar a produção de gás, petróleo e eletricidade, após 17 anos de guerra.

Em abril, em reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Berlim, o primeiro-ministro, Adil Abd-Mahdi, disse que a gigante industrial alemã Siemens recebeu parcela significativa de um total aproximado de US$ 14 bilhões de dólares em licitações para reformar o setor elétrico iraquiano. A Siemens já tem contratos de mais de US$ 700 milhões para construir uma usina de energia e implementar outras melhorias na deficiente rede elétrica do Iraque.

Após os EUA terem se retirado do acordo nuclear, organismos internacionais afirmaram não haver evidências de que o Irã esteja violando regras. As sanções pressionaram a economia iraniana, levando à queda das exportações de petróleo e a uma inflação crescente. Fonte: Associated Press.

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