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Ibovespa tem pregão de recuperação e fecha em alta de 0,51%

Depois de acumular queda de 2,56% nos dois primeiros pregões de setembro, o Índice Bovespa encontrou espaço para um alívio nesta quarta-feira, 5, e fechou em alta de 0,51%, aos 75.092,27 pontos. A não-divulgação da pesquisa Ibope tirou de cena boa parte da apreensão da véspera, o que favoreceu a recuperação parcial das perdas recentes. Por outro lado, a persistente cautela ante os riscos de um contágio da crise entre países emergentes limitou uma valorização maior. Os negócios foram pouco expressivos e somaram R$ 7,8 bilhões, refletindo o baixo apetite por ativos de risco.

"O mercado tinha ontem uma carga de ansiedade grande com as pesquisas eleitorais. Como não houve divulgação, houve um alívio no mercado. E como o noticiário corporativo foi de poucos destaques, faltou à bolsa um 'trigger'", disse Victor Candido, economista da Guide Investimentos.

Candido ressaltou que o cenário internacional permaneceu essencialmente negativo para mercados emergentes. Apesar da recuperação do peso argentino, em meio a intervenções do banco central local, o economista afirma que há indícios de contágio entre emergentes. África do Sul e Indonésia ingressaram recentemente no rol de preocupações, dada a fragilidade de suas economias.

"Os investidores estão buscando saber quais são os países que estão mais frágeis. O mercado brasileiro pode continuar a sofrer com esses movimentos externos, embora os fundamentos macroeconômicos continuem incomparavelmente melhores que os desses países", afirmou.

A recuperação do dia se apoiou no desempenho positivo de blue chips que vinham sendo fortemente penalizadas nos últimos dias. Os papéis do setor financeiro responderam por boa parte da alta do Ibovespa, tendo à frente B3 ON (+4,35%), Bradesco PN (+0,62%) e Itaú Unibanco PN (+0,58%). Vale ON (+0,29%) também contribuiu para a recuperação, assim como Ambev ON (+0,72%).

Apesar do viés positivo durante praticamente todo o dia, a cautela com o cenário eleitoral permanece como pano de fundo nos negócios. À tarde, o promotor do Patrimônio Público e Social (braço do Ministério Público de São Paulo) Ricardo Manuel Castro pediu liminarmente o bloqueio de todas as contas, imóveis e veículos de Geraldo Alckmin (PSDB). O ex-governador é acusado de improbidade administrativa envolvendo supostos repasses na campanha de 2014. O promotor aponta prejuízo de R$ 9,9 milhões aos cofres públicos.

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