Por Meon Em Regional

Mundial de vela da categoria snipe é a competição da vez em Ilhabela

As regatas começam nesta terça-feira com 80 barcos de 12 países

O 2019 Snipe World Championship foi aberto oficialmente na noite de sábado, em Ilhabela, com a realização do tradicional desfile das equipes no Centro Histórico do município e as presenças de autoridades locais e internacionais. A competição mundial da classe Snipe reúne mais de 80 barcos de 12 países e terá as primeiras regatas nesta terça-feira.

A festa para os velejadores também incluiu a premiação dos campeões júnior, que foram definidos no mesmo dia após nove regatas disputadas. O Mundial para os mais jovens teve 15 equipes e os cariocas Gustavo Abdulklesh-Leonardo Motta (BRA) foram os vencedores do evento aberto aos atletas até 22 anos.

A escola de samba de Ilhabela Acadêmicos Leões do Ita abriu a cerimônia de abertura conduzindo no batuque da bateria os velejadores até o palco montado no píer da vila. Por ordem alfabética, as equipes foram se posicionando para o protocolo oficial.

Os argentinos, que têm a segunda maior flotilha em Ilhabela, foram os primeiros a serem chamados, seguidos por Bélgica, Espanha, Estados Unidos, Japão, Noruega, Peru, Portugal e Uruguai. A delegação brasileira fechou o desfile com suas 32 duplas classificadas para a disputa.

No palco para a cerimônia oficial estavam as autoridades de Ilhabela representados pela prefeita Maria das Graças Ferreira dos Santos Souza e o secretário de esportes Beto de Jesus.

“Ilhabela está preparada para fazer uma grande festa e receber, pela primeira vez, o mundial dessa classe e os principais velejadores do mundo”, disse a prefeita Maria das Graças Ferreira dos Santos Souza.

“Disponibilizaremos uma equipe técnica internacional para garantir o sucesso e colocar Ilhabela no circuito dos grandes eventos internacionais dessa modalidade, atrair outros grandes eventos da vela, e honrar cada vez mais o título de Capital Nacional da Vela”, completou a prefeita Maria das Graças Ferreira dos Santos Souza.

Discursaram também na cerimônia o Capitão de Mar e Guerra Wagner Goulart de Souza, o presidente da CBVela, Marco Aurélio Sá Ribeiro, e o presidente da classe Snipe, Pietro Fantoni.

“A classe Snipe é muito importante no Brasil para a SCIRA, entidade que rege a categoria. O País organiza muitos eventos da modalidade e conta com vários velejadores de alto nível e campeões da categoria, como Torben e Lars Grael, Axel e Eric Schmidt e agora os mais novos como Bruno Bethlen, Alexandre Tinoco, Alexandre Paradeda e Matheus Tavares”, contou Pietro Fantoni.

A competição

O Mundial de Snipe terá 13 barcos da Argentina, 11 dos Estados Unidos, 9 do Japão, 8 da Espanha, 4 do Uruguai e 3 de Portugal. Com apenas uma dupla estão os países: Peru, Itália, Bélgica, Cuba e Noruega.

As regatas oficiais para a categoria começam nesta terça-feira, mas os velejadores já estão na Escola de Vela Lars Grael se preparando para a competição. O Mundial de Snipe 2019 deverá ter ao todo 11 regatas e dois descartes dos piores resultados previstos.

A classe Snipe é uma das categorias com maior número de praticantes na modalidade no Brasil, revelando campeões mundiais, pan-americanos e sul-americanos. Entre os brasileiros que ganharam a principal regata de Snipe do mundo estão as lendas da modalidade como os irmãos Axel e Eric Schimidt e os sobrinhos deles Torben e Lars Grael. A família soma ao todo cinco títulos do Mundial de Snipe.

Mundial Júnior

O Mundial Júnior de Snipe 2019 foi decidido na última das nove regatas em Ilhabela. Os cariocas Gustavo Abdulklesh e Leonardo Motta ficaram com a medalha de ouro superando em pontos os portugueses Mafalda Pires de Lima e Tomas Pires de Lima, que terminaram com a prata. A terceira colocação do evento foi para os baianos Rafael Rizzato e Gerald Wicks, vencedores da última prova do calendário de sábado.

“Foi um dia indescritível. Disputamos muitos campeonatos de preparação, nos quais não havíamos atingido um nível tão alto quanto nesse. Foi uma semana boa. A sensação de levantar o caneco coroou o trabalho desse ano inteiro de treino”, disse Leonardo Motta, velejador campeão mundial.

Os atletas do Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ) são treinados por Átila Pellin na também conhecida Flotilha Zé Carioca.

Galeria dos campeões

O resultado de Gustavo Abdulklesh e Leonardo Motta mantém a tradição brasileira na versão juvenil do Mundial de Snipe. Foi a nona conquista nacional na competição.

Os primeiros campeões foram Torben Grael e Eduardo Mascarenhas, em Mission Bay, nos Estados Unidos, em 1978. A última edição também teve o Brasil no lugar mais alto do pódio com os gaúchos Tiago Brito e Antonio Rosa, em La Coruña 2017.

A competição para atletas com até 22 anos teve ao todo 15 duplas de cinco países e precedeu o Mundial Sênior, que começa na semana que vem, também na Escola de Vela Lars Grael.

A premiação dos vencedores foi realizada no início da noite de sábado, no Píer da Vila em paralelo com a abertura do Mundial Sênior. Participam do Mundial Júnior de Snipe 15 barcos de Argentina, Brasil, Japão, Portugal e Uruguai. As equipes permanecem para o Sênior.

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Na foto (de Ronald Kraag), a equipe brasileira durante o desfile de abertura.

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