Sete prédios em Areias que dão uma aula de cultura para você

Um passeio pelo centro de Areias e por suas fazendas centenárias é uma verdadeira aula de história. Abaixo selecionamos sete prédios históricos que você não deve deixar de conhecer ao visitar Areias.

Solar Imperial, onde pernoitou D. Pedro I quando seguia para São Paulo em 1822

Divulgação/PMA

Solar Imperial
O prédio histórico, construído em 1798, conserva sua arquitetura externa e parte da interna, como uma sala de oratório e uma grande cozinha com fogão a lenha. Ele foi erguido como residência do capitão-mor Gabriel Serafim da Silva em taipa-de-pilão. No local pernoitou D. Pedro I em 17 de agosto de 1822 durante sua viagem a São Paulo, que culminou com o grito do Ipiranga, marco da Independência do Brasil. O solar era palco de grandes festas e eventos dos barões do café e constantemente hospedava D. Pedro II.

Casa de Monteiro Lobato
Construção do final do século 19 feita em taipa-de-pilão e paredes de pau-a-pique, foi residência do escritor Monteiro Lobato durante sua permanência na cidade como promotor público de 1907 a 1911. O prédio foi tombada em 1982 pelo Condephaat. Fica ao lado da Igreja Matriz. Anos após deixar a cidade, em 1919, José Bento Monteiro Lobato escreveu o livro Cidades Mortas, no qual retrata a decadência do Vale do Paraíba após a derrocada do ciclo do café.

Casa de Cultura 
Construção de 1833 para abrigar a Câmara de Vereadores e a Cadeia Pública. De 1858 a 1937 abrigou também o Fórum, onde trabalhou Monteiro Lobato.

Prédio da Casa de Cultura
Construída em 1825 como residência de um barão de café, depois abrigou a Santa Casa de Areias e em 1988 passou a sediar a Casa de Cultura, onde está exposto um imenso acervo de marcos históricos. Próximo ao prédio, existe uma figueira com mais de 200 anos, que teria servido de ponto de descanso para muitos tropeiros que passaram pela cidade.

Igreja Matriz
A construção da Igreja Matriz de Areias começou em 1792 e só foi finalizada em 1874. Em 1890 passou por uma reforma. Seu sino, que pesa 1.100kg e 1,5m de altura, pode ser ouvido a longa distância. 

Capela da Boa Morte e Senhor Bom Jesus 
Foi construída em meados do século 18 às margens do Rio Vermelho, sob a denominação de “Sant´Ana da Paraíba Nova”, abrigando em seu interior a imagem de Nossa Senhora da Boa Morte. Porém, com a inundação da Vila de Santana dos Tócos no final da década de 60, a imagem de Senhor Bom Jesus foi transferida para esta igreja, passando a abrigar então dois padroeiros. Em 1777, ela figurou como 23ª Paróquia da Diocese de São Paulo e no ano de 1827 foi registrada em desenho por Jean Baptiste Debret quando veio ao Brasil com Dom João VI. 

Fazenda da Vargem Grande 
A sede desta antiga fazenda de café foi construída em 1837. Atualmente abriga um hotel fazenda que oferece atividades como trilhas e passeios em cachoeira. Todos os ambientes são repletos de detalhes e transformam a visita ao casarão uma viagem no tempo. 

Em 1973 foi adquirida e restaurada.Nesta época, a convite do proprietário, o paisagista Roberto Burle Marx criou um de seus mais belos jardins.  Ao casarão restaurado foi incorporada uma parte nova construída conforme o padrão original. A ampla cozinha construída possui um fogão a lenha decorado com ladrilhos portugueses, por exemplo.

Jardins da Fazenda Vargem grande foram projetados por Roberto Burle Marx em 1973

Divulgação/Divulgação